O Barquinho Cultural

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Falta de sono, calor, saudade

Estou dormindo muito mal esta semana, média de duas a quatro horas de sono antes de acordar e não conseguir mais dormir. Deve ser o calor. Ou a saudade antecipada de minha filha. Não sei. O que sei é que estava ouvindo umas rádios na Internet e tocaram muitas músicas que me lembraram momentos com ela, de filmes que vimos juntos por exemplo. Deu nostalgia, lembranças de quando ela era pequena e vinha em fins de semana em minha casa e víamos DVDs, ou mesmo filmes na TV, ou íamos ao cinema, ao teatro, a parques, clubes, hotéis, sempre um programa bacana, para não ficar  no tédio em casa. Mas mesmo lá procurávamos algo legal para fazer: um almoço bacana, jogos de tabuleiro, brincadeiras como carregá-la como porco e aquela que nunca lembro o nome, que se dá a letra e a pessoa escreve fruta, carro, artista, música. Ou então íamos a mais um show de Sandy & Júnior (perdi as contas de a quantos fomos). Bem, mas não é disso que pensei em escrever, mas de minha falta de sono, que está me fazendo mal, me deixa fraco e feio. Não quero tomar remédio para dormir porque não quero criar dependência. Já sei que vão dizer que é porque fico muito tempo na net e aí não durmo, mas não foi o caso. Esta semana realmente quis dormir direto ao chegar em casa mas não consegui. Vai ver que é porque quebrei a rotina (rs). Bem, capaz que seja o calor mesmo, que faz tomar banho toda hora, e vontade de deitar no chão - mas até o piso esquenta. Para piorar, ainda tem alguém fazendo uma obra em algum apartamento vizinho e o barulho do martelo atrapalha. Para abafá-lo, boto música no último volume. Pelo menos é um barulho suportável. Achei na net uma rádio que só toca Beatles e coisas relacionadas (músicas de cada um em carreira solo e outras que os mencionam), a Beatles A-Rama. E agora só ouço ela, muito boa. Pena que não entendo muito o que os locutores dizem... tenho de voltar ao inglês, caramba. Acho que uma atividade física ajudaria. Mas estou em dúvida entre musculação e yoga. Se bem que muitas academias agora têm os dois. Estou pensando ainda. Tenho medo de começar de novo e em pouco tempo desistir, como tem sido praxe. Bem, hoje já está chovendo, deve refrescar um pouco, isso se não alagar a cidade toda de novo, atrapalhando minha volta para casa. É, preciso resolver logo essa mudança para perto do trabalho, mas está demorando vender meu apartamento. Enfim, nada animador por aqui. Mas a vida continua.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Longe da folia

Se tem uma coisa que eu não aprendi a apreciar tanto quanto futebol é carnaval; simplesmente não consigo me empolgar por essa festa que acho cada vez mais menos criativa e mais comercial - vide a campeã do Grupo Especial de São Paulo, a Rosas de Ouro, que trouxe à passarela um enredo sobre o cacau com patrocínio de uma fábrica de chocolate. Nem vou me estender em considerações, por achar perda de tempo. Ano passado fui a um show das Velhas Virgens que adorei; eles tocaram, além de suas composições safadas, clássicos de velhos carnavais. Foi um show delicioso. O resto dos dias foi em casa mesmo, longe da muvuca. Falar em muvuca, em anos anteriores estive em Salvador e, falem o que quiser, não vi graça naquilo de trio elétrico, achei um som muito repetitivo, um mundaréu de gente a fim de encher a cara e sabe-se lá mais o quê. Sempre preferi viajar, apesar do sofrimento que é pegar uma estrada nesse período. Este ano fui para uma cidadezinha fincada na Serra da Mantiqueira, em Minas, chamada Gonçalves. Ficamos em um charmoso chalé em meio a araucárias, num clima de retiro, com direito a lareira (que não consegui acender - talvez culpa da lenha, verde demais, ou de minha imperícia mesmo), vinho, fondue, violãozinho, muitos DVDs (emprestados de minha filha) e longe de axés, sambas-enredo, poluição, trânsito. Só barulho de sapos, pássaros, vento nas folhagens e de cachoeiras e riachos. Claro que a cidade propriamente dita não fugiu à regra e trouxe seu carnaval, com baile em plena rua, caminhada alcoológica, desfile de homens vestidos de mulher, footbicha (idem, mas jogando bola). E um carro de som botando tudo que não presta que se toca em baladas e carnavais pelo Brasil afora. Enfim, um pequeno sacrifício em nome de não ficar o tempo todo preso entre quatro paredes. Foi um momento de tranquilidade a poucos quilômetros de São Paulo, mas que, confesso, me deu a certeza de que sou mesmo um ser ubano, que não curte muito viver no mato. Ainda bem que havia a cidade para ver um pouco de movimento e gente. Quanto à natureza, adoro, mas para contemplar. As opções de divertimento lá são passeios pela mata para atingir montanhas, cachoeiras ou esportes radicais pelos rios e quedas d'água, além de andar a cavalo ou aventurar-se de moto ou carros 4x4 pelas estradinhas de terra do local. Visitamos quatro cachoeiras, nas quais, por medo de água fria, não nadei, mas gostei de ver e tirar fotos para lembrar. Enfim, um carnaval longe da folia, perto da natureza, para ter a certeza de que é bom sair de vez em quando da civilização, mas com a certeza de que pode-se voltar à ela. E isso também é bom.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Trinta anos da estrela

  • Nesse último dia 10 de fevereiro o Partido dos Trabalhadores completou 30 anos de fundação. Eu não poderia deixar de fazer um registro a respeito, uma vez que vivenciei sua formação e até trabalhei para uma administração e para seu diretório nacional. Estávamos nós, do grupo Tupi (Teatro Unido Popular Independente), em plena atividade, na temporada de nossa única montagem, A Invasão, de Dias Gomes (adaptada pelo grupo), quando o Grana, o mais novo da rapaziada, veio me falar da ideia de o "movimento" organizar um partido político, aproveitando a abertura que permitia o fim do bipartidarismo (até então, havia apenas a Arena e o MDB).
  •  Eu estranhei aquilo, não fui a favor, achei que ia desmobilizar todos os movimentos sociais que havia, canalizados todos para a atividade partidária. Bem, se isso aconteceu ou não, não posso dizer com certeza, mas no microcosmo do qual eu participava vi o teatro desaparecer, e nossos integrantes passarem a ser militantes do partido. Mais tarde, na primeira eleição, em 1982, eu fiz fileira no núcleo que se formou no meu bairro, a Vila Palmares, em Santo André, e fizemos campanha.
  •  Foi uma campanha bem diferente, com as ilustrações bonitas de Hércules nos muros em vez de pichações comuns, com abordagens de "conscientização" em vez de apenas jogar santinhos e panfletos nas ruas, trazendo pessoas para debates e conversas no núcleo.
  •  Foi um tempo muito bom; saía da faculdade e ia lá para as atividades, geralmente sempre de noite, para a polícia não pegar (lembre-se, era 1982, a ditadura ainda estava de plantão). Algumas vezes tivemos mesmo de correr das baratinhas (os fuscas da polícia) e largar baldes de cola e cartazes pela calçada.
  •  Da chapa que apoiávamos, que ia de governardor (Lula) a vereador, conseguimos eleger o vereador do bairro, o médico sanitarista Fernando Galvanese, que viria a ser secretário de Saúde assim que foi eleito prefeito o Celso Daniel, em 1988. Antes, fizemos novamente a campanha de reeleição do Galvanese e ele foi novamente ocupar a cadeira na Câmara.
  •  Era um tempo até meio ingênuo, pelo menos para mim, novato em política, e recém-saído do Exército, onde a doutrina era de ser contrário a tudo que cheirasse a oposição. O partido, nesse período, era um ambiente de formação política, onde conversávamos com pessoas mais experientes e tarimbadas nos meandros da política, que sabiam tudo de campanha, sementes ali plantadas que depois germinaram e deram no que deu.
  •  Eu confesso que nunca imaginei que o partido fosse chegar à Presidência, não por incompetência de seus quadros, mas por achar que a ordem estabelecida não permitiria, afinal, estavam aí 20 anos de golpe militar para desanimar. Mas o pessoal era aguerrido e teimoso e realmente acreditava nessa possibilidade.
  •  1985 veio confirmar essa possibilidade, com a conquista da prefeitura de Fortaleza, e, em 1988, de outros governos importantes, como os de São Paulo, Santo André, São Bernardo, Campinas e Porto Alegre, entre outros.
  •  Em 1989 vou trabalhar na Prefeitura de Santo André, na Assessoria de Comunicação, atendendo diretamente a Secretaria de Saúde, cujo titular era, como disse, o Galvanese. Foi uma ótima oportunidade de ver como funciona um governo por dentro e de poder pôr em prática alguma coisa que a militância tanto clamava.
  •  Foi e é difícil. As forças que atuam na sociedade são muitas vezes antagônicas e nem sempre basta boa vontade para conseguir implementar uma boa ideia. Deu para ver o que é realmente a política na prática, eu que a conhecia até então apenas no discurso e na teoria, apesar de ver como as coisas eram na realidade, no dia a dia.
  •  Apesar disso, os dois mandatos do Celso consecutivos tiveram muitos êxitos. Em 1995, com a derrota do PT na prefeitura, acabei exonerado, num esforço da administração do PTB em anular o concurso que eu tinha feito e que permitiu minha contratação.
  •  Voltei a ter contato direto com o partido em 1996, quando fui trabalhar no seu diretório nacional, para atuar no grupo de trabalho eleitoral. Passadas as eleições, trabalhei no projeto de um jornal nacional, o ptnotícias, que acabou saindo quinzenal, quatro páginas em formato standard. Acho que esse jornal nem existe mais, mas foi bom fazê-lo, apesar de todas as dificuldades que enfrentávamos, de falta de pessoal, de recursos. Mas o pior era atender a todas as tendências agrupadas no partido, sempre havia alguém que reclamava da linha de determinada matéria, por mais isento que eu procurava ser. Até o dia que me enchi e saí de lá, em 1998.
  •  Três anos depois o PT conquistaria a Presidência. Não lamento. Acho que de fora eu pude até acompanhar melhor o partido. O curioso, e que aí sim lamento, é que muitas vezes eu tentava ouvir algum dirigente para uma matéria e era uma dificuldade. O próprio Lula nunca consegui entrevistar lá. Agora, quando fui trabalhar num jornal comercial, esse pessoal falava comigo sem frescura. Até com o Lula cheguei a ter rápida entrevista. É... santo de casa não faz mesmo milagre.
  •  Bem, a sensação que tenho, passados esses 30 anos, é que o PT que vi nascer e esse que está aí há oito anos no comando do País guardam muitas diferenças, mas também bastante semelhanças. Mas eu também mudei muito minha cabeça, minha maneira de pensar. Nunca fui um radical, sempre um moderado, e esse PT está mais para o que eu sou hoje do que aquele que cresceu com um discurso feroz e visceral, gritando contra coisas que eu nem entendia direito, como  Fora FMI.
  •  Mas, de maneira geral, não me sinto partícipe desse projeto, porque em determinado momento de minha vida optei por guardar certa distância, por não me sentir dentro do perfil de um militante típico ou um quadro partidário.
  •  Acho que é porque sempre preferi a liberdade de pensar da maneira que quisesse e tinha pouca vontade de defender meu ponto de vista. Ou seja, fui coerente com meu pensamento inicial, quando o amigo falou-me desse projeto que completa agora a terceira década. Então, feliz aniversário, companheiros!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

She's leaving home

Minha filha vai estudar em outro Estado. Um bem longe. São vários os sentimentos que me invadem, vários contraditórios. O principal deles, contudo, é a sensação de que ela cresceu, criou asas, pode andar com as próprias pernas e todos os chavões do gênero.

Isso é bom, mas dói também, porque os pais nunca admitem serem menos importantes para seus filhos que o mundo que os cerca. Quer dizer, ela cresceu faz tempo, mas agora, com essa sua decisão, a ficha cai mais pesada e desnorteia.

Apesar de eu e a mãe e muitas outras pessoas apoiarem, um gosto de tristeza e um amargo na boca são inevitáveis. A gente quer ter por perto sempre, porque quer poder proteger, quer cuidar, quer tomar conta. Não terá mais a comida pronta, casa e roupas limpas. Isso será responsabilidade delas (vai morar com a prima-irmã-melhor-amiga).

Claro que isso é importante para o crescimento, para sua formação para a vida que terá de enfrentar. A gente sabe de tudo isso, mas isso é razão, o emocional não pensa, ele sente. E o sentimento é de que ela vai ganhar o mundo, e espero que a tenhamos preparado o bastante para esse desabrochar. E que o mundo não seja muito cruel com ela.

Fiquei já com essa sensação ao buscar os documentos de inscrição de uma faculdade dela. Ela já às voltas com uma das piores coisas desse mundo injusto, que é a horrenda burocracia. Ela debutando nesse mundo que não dá moleza para ninguém. A sensação de que a gente não a poderá proteger de tudo nesse mundo é angustiante.

Por mais que tenhamos dado a ela todas as condições de enfrentar as agruras que há, no fundo queríamos sempre mantê-la na redoma indevassável, imune à selvageria que há lá fora. Mas sabemos que é necessário esse crescimento, esse enfrentamento para que aprenda a viver. E, claro, sempre estaremos por perto e a postos para qualquer necessidade mais difícil, ensinando a pescar (outro chavão inevitável).

Mas eu tenho certeza de que essa sua experiência fará dela uma cidadã mais consciente ainda do que é, que agregará conhecimentos, fortalecerá seu espírito, endurecerá o couro, ganhará muito mais do que aquilo que poderíamos dar, porque os pais nunca podem dar tudo. Damos as oportunidades, agora cabe a ela agarrá-las e fazer o melhor que puder. Nunca esquecendo de ser justa com todos, de ser honesta, de ser amável, tudo isso que ela já é e que vai saber dosar para que não seja ludibriada pelas más intenções que imperam por aí.

A gente cresce sempre às próprias custas, mas o aprendizado é sempre melhor quando há quem acredite na gente e não há empecilhos. Nesse ponto, julgo que estamos, eu e a mãe, agindo certo: jogando-a no mundo sem rede de proteção, mas com a certeza de lhe ter dado musculatura e equilíbrio suficientes para agarrar o trapézio e dar seu show, pois o aplauso é  garantido. Boa sorte meu bebê.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Tocando em frente

Acho que estou melhorando. A vida me exigiu um pouco esses últimos dias e resisti bravamente. Em outras épocas, cairia de quatro, mas agora estou, além de erguido, com toda a esperança e otimismo que uma pessoa pode acumular. Sinal de que estou fortalecido, o que é muito bom, para mim e para os que estão ao meu redor. Aos que provocaram dissabores em minha vida, sinto muito, mas seu objetivo não foi alcançado. Estou feliz e pronto para tocar em frente. E é só, por hoje. Bebeia, meu anjo, você é demais, seu brilho estará sempre além de tudo. Grande beijo do papai. Sábado matamos a saudade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O espírito de uma nação

Não sou crítico de cinema, nem literário, nem teatral, tampouco comentarista político, econômico ou de qualquer outra área. Sou apenas um editor que tenta fazer bem seu trabalho e que tem curiosidade pelas coisas, como todo jornalista tem de ser. Esse blogue foi criado para expor minhas impressões sobre as coisas que me passam diante dos olhos, uma maneira de ter um registro dos meus pensamentos, dividindo essas impressões com quem porventura venha a ler esse site, possibilitando uma troca de ideias. Então não sei analisar quando um filme que assisto tem qualidades técnicas ou artísticas "x" ou "y". Até poderia arriscar tecer algum comentário nesse sentido, acho que talento para tal todos temos, pois senso crítico é artigo comum em mentes que pensam. Bem, depois desse narigão de cera vamos ao que interessa. Assisti a "Invictus" nesse fim de semana. O filme, dirigido por Clint Eastwood, trata do trabalho do então presidente da África do Sul Nelson Mandela (Morgan Freeman) de tentar unificar o país por meio da canalização das paixões para o time local de rúgbi, torcendo para sua vitória no campeonato mundial da modalidade em 1995. Para isso ele leva sua experiência de tenacidade, tolerância, capacidade de perdoar e de liderança ao capitão do time, François Pienaar (Matt Damon), que acaba levantando o moral da equipe, superando o ainda presente preconceito e levando-os à vitória, após dura partida contra os maoris da Nova Zelândia. Bem, não vou ser condenscendente. O filme tem falhas, a principal dela é o tom piegas e triunfante dado, o que o deixa até um pouco panfletário. Mas, como não sou crítico, como disse, me deixo levar pela emoção e destaco o excelente trabalho de ator de Freeman, encarnando de fato Mandela, um personagem complexo e emblemático. Damon também se sai muito bem e transmite emoção, se bem que pouco se vê das nunces de seu trabalho de liderança. O pano de fundo são os primeiros anos de administração de Mandela, que dão uma ideia mas não aprofunda muito as questões fundamentais da transição do apartheid para o regime de convivência sem hostilidades. Há, claro, cenas que dão uma ideia de como eram as coisas, mas senti falta de uma abordagem mais detalhada. O importante é que o filme traz à cena essa figura importante na nossa história, que deve ser conhecida por todos. Agora, se houve alguma estratégia por conta da Copa do Mundo, a ser realizada na África do Sul este ano, não sei. Pode ser exagero de minha parte.

Outra reflexão que o filme me traz é sobre a importância do esporte para grandes parcelas da humanidade. Eu, como todos que me conhecem sabem, não me ligo muito em futebol e outras modalidades esportivas. Sigo a Copa do Mundo por uma questão de espírito coletivo, talvez patriotismo. Mas não entendo nada de regras, jogadas, os termos específicos, nada. Só tenho vaga ideia. Quando tinha de fazer plantão na editoria de Esportes no Diário do Grande ABC sofria, passava apuros, mas no final a matéria saía, pois, afinal, sou pago para isso. Mas chega a me surpreender como esse negócio empolga multidões, gera paixões exacerbadas, move até vidas, além de ser um empreendimento muito lucrativo. Mas tudo isso para mim é mistério, pois não tenho dentro de mim o sentimento de amor que invade um torcedor e que o faz agir como um alucinado a cada movimento de seu time de coração. Por isso me tocou como um país inteiro mobilizou-se para levar seu time adiante e vê-lo conquistar a taça. E Mandela sabia disso e viu aí uma forma de levar adiante seu projeto de unificar o país, superando o odioso preconceito que por anos perdurou no país. Assim vejo como esse tal de esporte é coisa séria, mas daí a eu sair torcendo e indo a estádios tem um longo caminho, talvez nem queira dar o primeiro passo. No entanto, ganha meu respeito.