O Barquinho Cultural

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O que vem por aí...

Ilustração: SVG (CC)
Este blog, prestes a completar 11 anos de existência, teve várias caras desde então. Começou como um espaço de reflexões muito pessoais, tornou-se um meio de comentar as notícias do dia, resenhar manifestações artísticas que acompanhei, virou vitrine de algumas reportagens que fiz por aí e, nos últimos tempos, tentativa de difundir artistas que não frequentam muito a chamada "grande mídia".

Mas a dimensão que esse mundo virtual ganhou me deixa anos-luz atrás do que anda se fazendo por aí. O tempo é escasso para acompanhar tanta coisa que acontece e tanta coisa que não acontece mas parece ser "fabricada" para parecer acontecer.

Diante disso, vou ocupar esse canal para expor um tanto de minhas inquietações. Prefiro aqui, porque nos outros meios me sinto perdido e um torrencial de informações e impressões. E, como meu objetivo não é ganhar visibilidade, nem "likes" a rodo, apenas botar para fora o que me incomoda, retomo os escritos.

Ontem (18/02), foi exonerado um ministro, após vários dias de lenga-lenga. Os dias de cobertura jornalística do episódio foram interessantes: uma grande expectativa para o momento em que o presidente da República faria o anúncio da demissão de um auxiliar envolvido em falcatruas com verbas públicas para campanhas eleitorais, chamado de mentiroso pelo próprio filho do mandatário, que corroborou o acinte ao replicá-lo.

De um dia para outro, o assunto tomou o alto das páginas dos noticiosos em várias plataformas e formatos, passando à frente das tragédias de Brumadinho, dos meninos do Flamengo, e até das crianças soterradas em Mauá (SP). Mas jornalismo é isso mesmo; não há do que se queixar. O que me chamou a atenção foi uma reação em cadeia, ao que parece, de reiteração de apoio ao "mito".

Muitas manifestações de satisfação com o voto na figura, em resposta, creio, às também muitas postagens do tipo "eu avisei!". Se foi ação orquestrada, ou via mecanismos pouco ou nada espontâneos, a ver. Mas pressupõe o que vem apor aí.