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sábado, 5 de abril de 2025

Jamelão


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

O carioca José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão (1913-2008), nascido em São Cristóvão, fez contato com o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira no início da década de 1930, como tamborinista.

No início dos anos 1940, começa a cantar em gafieiras e em programas de calouro. Vence o concurso da Rádio Clube do Brasil e trabalha com a rádio por um ano.

Após esse período, conhece o maestro Severino Araújo, da Orquestra Tabajara, que o contrata como crooner e com quem excursionou pela Europa.

Em 1949, grava seu primeiro disco 78 rpm na Odeon, que traz "A Jiboia Comeu" (João Corrêa da Silva e Antenogenes Silva) e "Pensando Nela" (Antenogenes Silva e Irani de Oliveira).

No mesmo ano, torna-se intérprete da Mangueira, mas só assume o posto principal em 1952, quando substitui Xangô da Mangueira (1923-2009), ficando no posto até 2006.

Como intérprete, tornou-se bicampeão logo em seus dois primeiros desfiles, faturando ao todo 13 títulos, sendo quatro bicampeonatos, em 57 anos como intérprete.

Deu voz a várias composições de Lupicínio Rodrigues, Ari Barroso, Zé Kéti.

Em 1968, Jamelão entrou para a ala de compositores da Mangueira, enquanto seguia gravando sambas românticos que o tornaram conhecido como cantor dos assim chamados sambas “dor de cotovelo”.

No carnaval de 1990, chegou a anunciar que deixaria de cantar os sambas-enredo de sua escola, mas no ano seguinte voltou à avenida, participando também, em São Paulo, da escola de samba Unidos do Peruche, onde interpretou de 1991 a 1993.

Em 2001, foi eleito presidente de honra da Mangueira - cargo máximo da escola. Em 2006, sofre um AVC que o impediu de cantar profissionalmente até seu falecimento, em 2008, no Rio de Janeiro.

Em 1961, gravou um 78 rpm com duas músicas dedicadas às mães: "Amor de Mãe" (Cícero Nunes) e "Valsinha da Mamãe" (Vilobaldo Teles). Em homenagem ao dia delas. (Fontes: Museu Afro Brasil, Dicionário Cravo Albin da MPB, Enciclopédia Itaú Cultural, IMMuB, Instituto Moreira Salles.)





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