O Barquinho Cultural

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domingo, 9 de agosto de 2009

Samba na pick-up, DJ

Na sexta-feira, 07/08, vi o show de Germano Mathias (esq.), sambista paulista, cantando o repertório de Gordurinha (dir.), compositor baiano batizado Waldeck Artur de Macedo, radicado no Rio, onde atuou em diversas rádios. Ele é o autor de pelo menos três músicas razoavelmente conhecidas: Súplica Cearense, Chiclete com Banana e Vendedor de Caranguejo - estas duas últimas gravadas por Gilberto Gil e a primeira por Luiz Gonzaga e agora também na voz de O Rappa. Foi um show muito engraçado, o Germano tem essa característica de zoar com todo mundo e com ele mesmo, e a homenagem que ele faz a Gordurinha foi bastante oportuna. As músicas desse baiano morto há 40 anos são adequadas ao jeito malandro de cantar e de tirar um sarro do Germano. Estava acompanhado de uma quinteto bem competente, com percussão, violão, cavaquinho e sopro. Tirando as três músicas citadas, eu não conhecia nenhuma outra, mas a platéia - lotada, para minha surpresa - sabia muitas de cor. Isso me deixou muito animado, por ver que a memória ainda não está apagada.

No sábado, fui ver um espetáculo já bem diferente. Assisti ao show do BossaCucaNova, que estava comemorando 10 anos e lançando um DVD. O show teve participação de Kátia B, a atriz bailarina, compositora e cantora (segundo o folder) Kátia Bronstein, que mistura trip hop a bossa nova, além de sons judaicos e mantras. (No domingo a participação seria de Wilson Simoninha.) Já a proposta do BossaCucaNova é pegar canções da música popular brasileira, muito de bosssa nova, e dar-lhes um verniz contemporâneo, adicionando ritmos e sons eletrônicos que dão um resultado muito interessante. Gostei, pois levantou possibilidades que essas canções escondiam e que talvez, pelo purismo, não se enxergava. Claro que é um som afeito para as pistas, mas se a galera começar a dançar Tom Jobim e Carlos Lyra nas baladas, isso é muito bom.

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