O Barquinho Cultural

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Iucema Suzi: Uma voz romântica de Sergipe

Iucema Suzi canta histórias de vida, amores que se foram e que vêm, expondo seu sentimentalismo (Fotos: Arquivo Pessoal)
A cantora e compositora sergipana Iucema Suzi lança no começo de novembro seu primeiro trabalho autoral, o EP “Em cada nova estação”. Com seis canções, quatro de sua autoria e duas da parceira Iraiane Alves, com melodias e produção de Sergio Silva e Júnior Gonzo, o disco trafega por vários ritmos e estilos, como pop rock, reggae, MPB, sempre temperados pelo romantismo que a caracteriza e por onde ela decidiu trilhar.

Natural da Estância, Iucema começou a cantar profissionalmente aos 18 anos, após perceber, cantando em karaokês e festas, que era isso o que queria da vida. O início se deu em bandas de forró, estilo, no entanto, com o qual não se identifica. “Apesar de ser nordestina, não me vejo como cantora de forró”, afirma. Isso transparecia ao introduzir, em sua interpretação, um pouco de MPB, já adiantando o caminho que iria seguir.
Carreira começou em bandas de forró, mas MPB falou mais alto


O romantismo e o gosto pela MPB vêm de berço. Filha de um saxofonista, que toca na igreja evangélica que frequenta, Iucema cresceu ouvindo boleros em casa e seu coração foi tocado por artistas como Elis Regina, Maysa, Nelson Gonçalves, Rosana, Vanusa. Atualmente, ouve bastante Marisa Monte, Vanessa da Matta, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, o que a fez até pensar em se aventurar pelo axé. Mas novamente a MPB falou mais alto.

“Esse disco segue a linha romântica, com músicas que falam de histórias de vida, canções que tocam a alma, falam de amores que se foram, se perderam, se acharam. Ele transpira romantismo, porque reflete o que sou, uma pessoa muito sentimental, que chora por tudo”, define-se. A veia compositora revelou-se nas poesias que escrevia, mas jogava fora. Até que o amigo Sergio as leu e a incentivou a transformá-las em canções.

“Em cada nova estação” é a música carro-chefe do EP, com letra dela e melodia de Sergio Silva e Júnior Gonzo. Um clipe foi produzido para adiantar o que vem por aí. “No EP a canção estará com arranjo mais completo, com a introdução de mais instrumentos, mas a base é a mesma”, adiana a cantora. Depois de lançado o EP, Iucema pretende trabalhar em sua divulgação nas radios e correr o Brasil apresentando o trabalho. São Paulo, garante, está no roteiro e ela pretende aparecer por aqui em dezembro. Aguardamos ansiosos.

Abaixo, o clipe de “Em cada nova estação”.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Alexandre Vianna faz música com técnica e coração


Pianista gaúcho tem obra autoral e toca com feras da MPB (Divulgação)

Dizem aí que jazz e instrumental são música de velho, ou de quem tem preguiça de interpretar canções. Mas, engana-se quem diz isso, pois apenas instrumentalizar uma música é muito mais do que interpretar vocalmente, é pôr sua alma nela.

É basicamente isso o que o músico de Cachoeira do Sul (RS) Alexandre Vianna faz ao sentar junto ao seu teclado e interpretar melodias excepcionais do jazz e da música popular brasileira.

O gaúcho se formou em composição em 2008, na UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul – mas em 2003 estudou piano erudito na UERGS - Faculdade Estadual do Rio Grande do Sul. Após graduar-se no Sul, Alexandre se mudou para a capital paulista, onde não parou de estudar, e concluiu o técnico em piano pela Faculdade Souza Lima.

Mas, quem acha que ele só viveu para estudar não está enganado, porém seus méritos foram recompensados, pois já trabalhou junto ou para grandes nomes da MPB, além de seu trio musical, formado por ele ao piano, Rafael Lourenço na bateria e João Benjamin ao contrabaixo. No trio, eles somam suas influências e fazem um som novo, autêntico e autoral, estando sempre em plena evolução, distinguindo entre música e vida, mostrando a forma mais crua para expressar seu ser.

Com Lourenço e Benjamin: soma de influências (Divulgação)
Agora, dentre seus trabalhos realizados, Vianna gravou em 2010 o CD “Gisele de Santi”, da cantora Gisele de Santi, e, neste mesmo ano, fez arranjos e gravou o CD “Senhor do Tempo - Canções Raras de Caetano Veloso”, da cantora Cláudia. Em 2011, também fez os arranjos e gravou o disco "Outros Românticos" da cantora Célia, na qual a música "Nosso Amor" foi tema da novela “Guerra dos Sexos”, da Rede Globo.

Neste mesmo ano, gravou o disco “Eu Voltei”, da veterana Ângela Maria. Em 2012, participou da gravação do CD “A Voz da Mulher na Obra de Guilherme Arantes” nas vozes de Verônica Ferriani, Célia, Daniela Procópio, Zizi Possi e Ângela Rô Rô. Ainda em 2012, participou do “Festival Ars Brasilis”, promovido pelo Sesi-SP; cujo arranjo para big band ficou entre os dez finalistas.

Entre março de 2012 e abril de 2014 foi pianista (tecladista) e maestro, responsável pela banda do musical “Tim Maia Vale Tudo”. No ano de 2014, fez arranjos e gravou o disco “Só a pessoa sabe o que tem por dentro - Célia e Cassio Scapin Interpretam Cassio Junqueira”.

Em 2015, fez arranjos e gravou o disco "Eternas Canções", do cantor Marcio Gomes, o disco "Aquilo que a gente diz", da cantora Celia e, recentemente lançado pela Biscoito Fino, o disco "A Bossa de Cauby", de Cauby Peixoto.

Atualmente, ele atua como pianista e tecladista nas bandas de Angela Maria, Célia, Márcio Gomes, Maria Alcina, Carol Naine, Telefunkin, entre outros. Também desenvolve seu trabalho autoral com o Alexandre Vianna Trio e Årvoll.

Um artista único, que vai do erudito ao popular em apenas uma tecla, faz música com o coração e energia pura e aberta, visando sempre seus anseios musicais, Alexandre Vianna usa a técnica como complemento da sua obra, mas a verdadeira essência de sua música está na sua alma.


Confira abaixo um pouco do trabalho de Vianna. Mais sobre o músico em seu site: