O Barquinho Cultural

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domingo, 8 de março de 2009

What a night!

Hoje é 8 de março, Dia Internacional da Mulher, uma data que talvez poucas pessoas saibam por que existe, qual sua origem. Bem, se procurarem no Google vão achar, mas faço questã de registrar aqui: em 1857, em Nov York, operárias de uma fábrica de tecidos fizeram uma greve, reivindicando coisas como melhores condições de trabalho e redução da jornada de trabalho, que chegava a 16 horas diárias. Queriam jornada de 10 horas. Também pediam equiparação salarial com os homens, já que percebiam 1/3 do salário dos homens para o mesmo trabalho. Bem, elas ocuparam a tal fábrica em 8 de março e a patrãozada trancou-as lá e botou fogo na firma. Morreram 130 tecelãs, aproximadamente. Em 1910, em conferência na Dinamarca, resolveram que esse dia seria a data internacional da mulher, oficializada pela ONU. O objetivo foi que, nessa data, se fizesse uma reflexão, se debatesse o papel da mulher na sociedade, no mundo do trabalho, visando diminuir o preconceito contra nossas parceiras, valorizá-las como merecem. Hoje, a data, como tantas outras, foi absorvida pelo comércio, e prefere-se dar um presentinho, buquê de flores, a parar para ver se realmente a mulher está com seu papel e seus direitos atendidos. Eu admiro muitas mulheres, sempre fui chefiado por uma, desde minha iniciação profissional, e acho que quanto mais falarmos a mesma língua mais será desnecessário discutir suas mazelas.

Falar em mulher, não posso deixar de registrar aqui minha experiência neste fim de semana, repleto de companhias femininas. Sinto-me privilegiado por poder contar com a companhia de tantas belas e perfeitas mulheres. Sexta-feira fui com minha filha, a mãe dela e uma sua tia, irmã da mãe, ao cinema. Vimos "Menino da Porteira". Um filme cândido, descompromissado, que trata do universo rural com propriedade, e retrata em imagens a história da música, claro que adaptada para obter um efeito dramático melhor. Após o cinema, fui a um bar legal na Vila Madalena com uma amiga, uma mãe de um casal, professora do Estado, mulher batalhadora, a quem só pude depositar meu carinho e admiração, e absorver tanto ensinamento que saí desse encontro melhor pai do que entrei, com certeza. Já no sábado, estive com minhas duas irmãs, mulheres igualmente batalhadoras, mães, a mais velha já avó de quatro lindinhos. É incrível como nessa altura da vida a relação com os irmãos é tão madura, diferente daquelas picuinhas de quando éramos adolescentes. Hoje, já sem nossos pais vivos, somos o esteio um do outro e a nossa referência de família. À noite, fui em uma pizzaria na Freguesia do Ó com outra amiga, também mãe de duas meninas, viúva. Uma pessoa de um astral contagiante, serena, com as palavras adequadas a cada situação. Uma mulher com quem a conversa foi construtiva e reconfortante. Depois dessa conversa, deixo-a em casa e, sem sono, resolvo bater perna na Vila Madalena. Paro no Filial e tomo chopes. Mulheres bastante. Procurei conversa com algumas. Tive resposta com umas, outras educadamente me puseram para correr. Havia uma completamente bêbada, para em cada rodinha para conversar, palavras desconexas. Uma hora ele chegou em mim e simplesmente pegou meu chope e jogou fora. Ainda bem que o garçom viu e repôs. Outra hora veio e simplesmente apropriou-se de meu copo. Não soube como lidar com ela. Uma moça muito bonita, decerto de recursos, mas fraca de bebida. Conversei depois com uma dupla, que não entendi muito bem o que estavam ali fazendo, só sei que em determinado momento saíram para a rua e não retornaram. Acabei conversando com uma outra que correspondeu ao meu oi, fez-me pagar sua conta e disse que ia ao Love Story, uma baladinha no centro de São Paulo. Levei-a lá. Da porta ela sumiu e nunca mais. Encontrei-a só duas vezes na pista e ela não me deu muita trela. Fiquei na minha e procurei ver se aproveitava o ambiente. Logo de cara fui chamado de tio por uma garota pouco mais velha que minha filha e com roupas ínfimas. E assim foi a noite toda. Não despertei a atenção de ninguém ali dentro. Mas me diverti bastante, dancei, até conversei algo com algumas pessoas. Só achei um roubo pagar 50 paus pra entrar, mas valendo dois uísques, e depois na saída os seguranças pediram uma caixinha, sei lá por quê. Definitaamente, isso não é ambiente para mim. Sem querer parecer careta, mas acho que em ambientes como aquele a mulher esquece sua história e torna-se uma pessoa cujo único valor encerra-se no sexo e só. É uma grande pena, mas é o conceito de diversão que impera por aí.

Um comentário:

Ivani disse...

Que dia cheio, quantas atividades, que bom ter sido uma delas e merecer um cantinho no seu blog.