Ontem uma amiga me chamou de cachorro, pelo fato de eu ter muitas amigas. Claro, ela quis dizer que eu sou mulherengo, galinha... Ora, longe de mim. Realmente eu tenho muito mais amigas do que amigos, mas não é culpa minha. É que eu não sei conversar com homens muito bem, porque não entendo nem gosto de futebol, detesto falar de carros (o meu não tem equipamento nenhum além de um tocador de CD e rádio porque, afinal, sem música eu não vivo) e não fico em balcão de bar enchendo a cara e falando mal da mulher. Claro que isso é um estereótipo, mas a verdade é que por conta disso eu não firmei muitas amizades masculinas mesmo. Evidente que tenho grandes e preciosos amigos, que há assuntos variados para falar com eles, mas tenho as amigas ou colegas em maior número. E me orgulho muito de minhas amizades femininas. Com elas conversamos assuntos mais, digamos, abstratos, e a percepção feminina das coisas me deixa muito surpreso. Alerta-me para o quanto as vezes analisamos uma situação com o olhar superficial ou óbvio, enquanto as mulheres veem nuances que nos passam despercebidos. Fui criado em um lar com mãe e duas irmãs - o pai também, mas ele trabalhava fora e não partilhava de meu dia o tempo todo como essas três. Talvez isso explique essa minha predileção por elas. Portanto, minha amiga, cachorro eu não sou, pois quando eu amo só existe meu amor para mim e mais ninguém.
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