O Barquinho Cultural

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O céu e o inferno

Assisti a três filmes no cinema nessas últimas duas semanas. No sábado, 1, vi Nosso Lar, dirigido por Wagner de Assis, baseado em livro de Chico Xavier, pelo espírito de André Luiz, que é o personagem principal da fita. É um filme bonito, bem realizado, e, até onde me lembro, respeita o livro, que li há uns 20 anos. O trabalho, até onde eu possa perceber, não tem o objetivo de fazer cabeças, e aborda um tema que mais de uma novela da Globo já tratou. Se dissociarmos a história da doutrina espírita, podemos encarar a obra como fantasiosa, e nesse aspecto é muito bem feita. Eu gostei, sim, achei um bom trabalho e que até deixa na cabeça um certo questionamento sobre se isso é verídico. Nesta sexta, 8, fui assistir a Tropa de Elite 2, um filme bastante violento e que, no entanto, causou em mim menor impacto que o primeiro - talvez por já estar sabendo do que se tratava. Este entra na questão da corrupção no seio da polícia e da política e trata das milícias armadas que atemorizam as comunidades exigindo dinheiro em troca de proteção e achacando os traficantes para que possam agir em paz. Aborda também a imprensa, tanto a sensacionalista como a séria, aqui reproduzindo o caso Tim Lopes indiretamente. O Nascimento agora é coronel, comandante do Bope, e, por conta de divergências com a cúpula da polícia após rebelião no complexo Bangu 1, acaba em um cargo na Secretaria de Segurança, onde passa a combater a banda podre da corporação. Gostei do filme, apesar de não me surpreender tanto. Destaque para as atuações de Irandhir Santos, como um professor de história militante dos direitos humanos, que acaba enveredando pela política. Seu Jorge também tem ótima atuação, apesar de curta. Gostei ainda do André Mattos, o eterno Dom João VI da minissérie O Quinto dos Infernos, que vive um desses apresentadores metidos a porta-vozes da justiça, tipo Wagner Montes e Datena, que se enreda pelos meandros da política e da corrupção. No sábado, 9, assisti Comer Rezar Amar, de Ryan Murphy, com Julia Roberts, que faz uma escritora, Liz Gilbert, que, entediada com sua vida e sem rumo, resolve se divorciar e ganhar o mundo à busca de si mesma. Assim, na Itália ela se depara com a rica gastronomia (Comer), na Índia aprende os segredos da meditação (Rezar) e em Bali conhece um brasileiro (Javier Bardem, de Mar Adentro, entre outros - mas foi apenas esse que assisti), por quem se apaixona (Amar). Confesso que me cansei um pouco, achei o filme muito longo, mas é bom sim, com belas paisagens. Mas faltou, em minha opinião, um pouco de surpresas, ficou um tanto quanto previsível. Quanto às leituras, comecei na sexta a leitura de Os Ásperos Tempos, primeira parte da trilogia Os Subterrâneos da Liberdade, de Jorge Amado, que trata da ditadura Vargas nos anos 30 e a perseguição ao pessoal do antigo PCB. É um livro muito gostoso de ler, sem proselitismo. Será muito bom ler a respeito desse período que eu conheço bem pouco, porque dediquei muito de minhas leituras ao período do golpe de 64 e suas consequências. Leio ainda O Cão dos Baskervilles, de Conan Doyle, com as aventuras do detetive Sherlock Holmes e seu fiel assistente Dr. Watson.

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