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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pânico no Metrô de São Paulo; Alckmin se cala

Secretário de Transportes Metropolitanos chama de “vândalos” passageiros revoltados com superlotação, atrasos e falhas no sistema
Por Carlos Mercuri
Passageiros andam pelos trilhos (Reprodução TV)
Os usuários da linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo viveram uma noite de pânico e desespero nesta terça-feira (4). Uma falha originada na estação da Sé interrompeu a circulação dos trens das 18h19 (horário de pico) às 23h22. As composições ficaram paradas na linha por mais de 40 minutos. Com a lotação e o ar-condicionado desligado, pessoas começaram a passar mal. Passageiros acionaram os botões de emergência para que as portas fossem abertas e pudessem sair.
A reação do Metrô foi agredir alguns passageiros e chamar reforço policial para conter a revolta dos usuários. Vários passageiros andaram pelos corredores dos túneis e pelos trilhos. Para o secretário de Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, Jurandir Fernandes, os atos de revolta da população foram “vandalismo”.  “O que foi inusitado é que essa falha gerou uma reação em cadeia de um vandalismo inusitado. Esse botão é acionado quando você tem uma pessoa doente, uma pessoa passando mal. Agora, [acionar] sete vezes em menos de 40 minutos em pontos distintos da Linha 3 é algo inusitado”, afirmou.
Fernandes: inusitado (foto: STM)
Ouvido pela imprensa, o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Melo Prazeres, disse que o trem que provocou pane foi o K-07, que faz parte do lote de trens reformados pelas empresas suspeitas de formação de cartel para o contrato de manutenção dos veículos entre 2008 e 2010. Os contratos foram suspensos sexta-feira por determinação do Ministério Público por terem sido superfaturados. As empresas – entre elas a Siemens e a Alstom – terão de devolver R$ 800 milhões aos cofres públicos em 90 dias, sob risco de serem processadas e até fechadas.
Assim como para o secretário Jurandir Fernandes, para o Metrô, a culpa foi dos usuários. A estatal, em nota oficial, chamou o protesto dos usuários, irritados com mais uma falha, de “vandalismo” e lamentou os confrontos registrados entre passageiros e funcionários da empresa. Até o fechamento desta matéria, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ainda não havia se pronunciado sobre as falhas do Metrô.
(Matéria publicada no SPressoSP em 05/02/14)

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