O Barquinho Cultural

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Um grande passo

Ontem, 20, completaram-se 40 anos em que a missão espacial norte-americana Apollo 11 pousou na Lua. Na foto da Efe, os astronautas que ocuparam aquela nave, Edwin Aldrin, Michael Collins e Neil Armstrong, com Barack Obama, presidente dos EUA (da esq. para a dir.). O nome de Armstrong me é mais familiar, e a memória mais remota que tenho desse dia são imagens na televisão em preto e branco e toda uma mítica criada em torno, já que a conquista do espaço vinha de tempos, e o russo Yuri Gagarin já tinha visto oito anos antes que a Terra era azul. Lembro-me de desenhos de astronaves e astronautas nos livros escolares, recordo-me da música "O Astronauta" do Roberto Carlos, no disco de 1970 dele, tive um foguete de brinquedo, que subia de verdade, acionado por pressão d'água (o único problema foi que, depois do primeiro lançamento, o brinquedo simplestemente sumiu no mato e nunca mais o encontrei). Havia coisas que lembravam astronaves por toda parte. Em dois parques infantis que eu frequentava tinham foguetes em que se subia por escadas e rampas para, lá do alto, descer em um delicioso escorregador. A frase "Um passo pequeno para o homem, mas um grande salto para a Humanidade", de Armstrong, era lida e ouvida em toda parte. Eu, garoto de 8 anos, me extasiava com tudo aquilo, me imaginando pisando o solo lunar, andando em jatos como os dos Jetsons, que eu assistia freneticamente. Aqueles saltos sem a incidência da gravidade que víamos na TV me causavam inveja: eu queria também flutuar no espaço. Mas, surpreendentemente, ao contrário de meus coleguinhas, não queria ser astronauta. Não me lembro agora os motivos, mas meu desejo na época era um pouco mais modesto: queria ser bombeiro, talvez influenciado pelo jipinho imitando os da corporação que eu tinha. Mas ao crescer mais um pouco minhas fantasias foram se ampliando, e a conquista espacial passou a figurar entre meus delírios. Que delírio! Saber que só fui viajar de avião aos 22 anos. Mas eu queria viajar pelo Cosmos, ainda mais quando comecei a aprender geografia na escola. Porém, com o amadurecimento, meu interesse pela aventura espacial foi ficando para trás. Mas não esqueço a sensação que tinha de viver em um tempo em que algo de muito importante fora feito. Poder testemunhar aquilo, mesmo que com olhos incompreensíveis, é realmente uma grande sensação.

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