O Barquinho Cultural

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

O segundo debut da filha


Minha filha fez sua estreia no movimento estudantil. Os alunos de sua universidade - parte deles, claro - estão reclamando professores, equipamentos, ampliação do restaurante e da creche, entre outros itens, e há mais de uma semana estão em greve, tendo ocupado a Reitoria. A foto mostra ela empunhando um cartaz em passeata no campus, quando se dirigiam à sala da reitora. É engraçado vê-la nesse agito, a gente inevitavelmente se lembra da mesma época, dos valores que tinha, e remete ao agora, o que ficou para trás e o que criou raízes. Acho ótimo ela ter suas visões, convicções, creio que vai consolidando sua opinião, seu modo de pensar, e assim ela ingressa no mundo adulto, onde passa a ser uma cidadã. Acho que está na hora de emprestar-lhe uns livros (rs).

Tirando isso, vale um post pra dizer que não tem novidade, que não fiz nada, que a vida seguiu modorrenta como um caravançarai no deserto? A única novidade é que voltei à cidade de Praia Grande pela primeira vez desde que meu pai, que morava lá, morreu, há quase 10 anos. Está tudo bastante diferente, e a casinha dele continua lá, agora habitada pelos enteados, acho. Fiquei triste de passar por lá, claro, mas foi bom também recordar momentos felizes passados naquele lugar, os churrascos, a casa cheia de gente, as caminhadas pelo calçadão. Frequentamos a Praia Grande desde muito pequenos e a transformação foi realmente radical, apesar de ainda não ter confiança de entrar no mar de lá. Mas ficou bonito, sim. Tomei umas cervejas mordiscando iscas de peixe com minha nova amiga e o sábado foi passado dessa forma. Já o domingo foi sem muita atividade. Fui embora à tarde para poder trabalhar à noite. No feriado do dia 21 também não fiz nada que merecesse registro.

Não me decidi ainda a abandonar a terapia; fui segunda e quinta e mais uma vez a ladainha do sono. Gostava mais quando fazia umas terapias alternativas, que incluíam florais, acupuntura, cromoterapia, aromaterapia, massagem... Saía de lá muito leve e achando o mundo uma maravilha. Mas tinha que fazer minha parte, qual seja, não me estressar à toa, mesmo que tomasse uma bela fechada de um carro. Estar naquelas sessões correspondia a sair um pouco do mundo e levitar em uma esfera superior, onde tudo era leve e as preocupações ficavam lá embaixo. Podia ser um mero paliativo, mas o bem-estar proporcionado era muito legal.

3 comentários:

Sandra Evangelista disse...

Oi Carlos, é muito interessante presenciar o que nossos filhos vivem hoje e comparar com a nossa vida quando tínhamos a idade deles. Muita coisa mudou, mas a energia e os sonhos são os mesmos.
Beijão. Flor

Isabel Cristina disse...

Tem muitas coisas que acontecem comigo e/ou com meus filhos que lembra aquela música: "Como nossos pais...", seja lá qual for a conotação (entre erros e acertos).

Não sei te explicar porque mas sentí uma leveza ao ler e fico contente que tens uma amiga nova.

E essa citação me atentou: "Mas tinha que fazer minha parte", pois é meu querido nós terapeutas (me incluo pois sou terapeuta corporal), somos apenas instrumentos para que isso aconteça e esse bem estar é possível sim e sempre, fazendo a nossa parte.

Bj-ÖM

Carlos Mercuri disse...

Pois é, amigas, é gratificante ver que nossos filhos podem cometer os acertos e erros deles, e não os nossos, o que é importante para o crescimento.