O Barquinho Cultural

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sono óbvio; insônia ululante

Parece piada. O homem que pago para me ouvir passou uma sessão quase inteira falando dos benefícios de uma boa noite de sono (para mim dia), de ter alguma rotina, horários certos e tal. Bem, nunca fui um cara regrado, sempre dormi, acordei e comi nos mais variados horários e chegar atrasado nos compromissos para mim é que é uma rotina. Poderia contar casos hilários aqui de meus atrasos, mas quero focar nesse negócio de sono. É claro que sei dos benefícios do sono, cara pálida! Dar uma grana pro sujeito me dizer isso me faz sentir-me lesado, roubado mesmo, é a palavra. Tudo bem, vamos ser condescendentes. Concordei e resolvi seguir um ritual para dormir bem. Desligar todos os telefones, TV, rádio, luzes, fechar bem as janelas, deixar o quarto bem aconchegante e dormir o mais cedo que puder. Foi o que fiz nesta quinta-feira, após a consulta-mesmice. Às 11h em ponto deitei-me, e dormi em seguida, sem dificuldade. Mas, apesar de todo esse cuidado, acordei meio-dia e meia, assim do nada, sem nenhum barulho a me despertar ou pesadelo a me afligir. Acordei, chateado, levantei-me, tomei água, fui ao banheiro, chequei o celular (tinha uma mensagem, respondi) e voltei à cama. Fiquei entre dormindo e acordando até 15h30. Aí vi que não tinha jeito e fui almoçar. Comi bem e resolvi assistir a um filme, O Sequestro do Metrô, baseado em um livro que li nos anos 70, quando era assinante do Círculo do Livro. Com Denzel Washington como o mocinho do controle do metrô, e John Travolta como o bandido assaltante. Bom filme, boas cenas de ação, apesar de clichês, diálogos interessantes, humor, ironia, alguma crítica política ingênua (ah, quando fala de corrupção, prefeito sacana e tal). Roteiro, no entanto, repleto de falhas, mas não chega a comprometer a obra como boa diversão. O resultado é que passei o tempo e, ao final dele, consegui dormir até 22h. Aí fiquei com preguiça de levantar, o que só acabei fazendo por volta de 23h, já no meio da Grande Família. Então a piada de que falava é essa: esta semana toda dormi bem, com TV e computador ligado, celular e telefone tocando, e, na hora que resolvo me isolar, o sono não vem. E olha que disse para o ouvidor que estava dormindo bem, mas parece que o cara não tem um plano B, sempre tem que seguir o que programou para mim independente do que eu lhe diga. Estou seriamente inclinado a deixar esse sujeito ouvindo o silêncio de minha ausência e investir essa grana em bons filmes e livros, coisas que talvez me permitam compreender um pouco melhor as coisas da vida que me afligem.

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