O Barquinho Cultural

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Emancipação

Este fim de semana fui conhecer o apartamento onde moram minha filha e a prima dela, que estudam longe de casa e ingressaram na vida autônoma. Que lindo, quanta emoção. Ela recebendo os pais em seu novo lar, todo arrumadinho, bonitinho, fazendo café. Guiou-nos pela desconhecida - para nós - cidade, andando de ônibus e táxi por todo canto, atrás de coisas necessárias para a casa. Foi muito legal ver minha filha naquele ambiente em que ela estará vivendo pelos próximos quatro anos - creio que no mínimo. Mostrou os textos que está estudando, contou das aulas, dos trabalhos, das expectativas. Ela está feliz, e isso me deixa feliz, apesar da saudade que a distância provoca. Já é uma mocinha, e responsável, independente, ciente de seus deveres e de seus direitos também. Mas a presença dos pais fez com que retornasse um pouco aos ares de menina que estávamos acostumados. E isso foi muito bom. Dia das mães, ela toda zelosa em agradar, triste com as flores que não chegaram a tempo. Vê-la em seu ambiente deixou-me com uma sensação de orgulho, a ver como está se virando e dando conta de tocar a própria vida. Pena que o tempo estava feio, em um lugar em que o sol teima em queimar, e impediu que ela nos recebesse com o churrasco com o qual desejava nos homenagear e aos seus parentes e amigos. Mas o domingo das mães foi passado na casa de um tio dela, onde várias mães - tias, primas - se encontraram para um almoço festivo, regado a muito carneiro e outras delícias. Aos 18, eu ainda vivia com meus pais, se bem que mais na rua do que em casa, o que deixava os velhos apreensivos. Mas essa independência passava longe de mim. Comecei a trabalhar, de forma constante, só aos 19 e aos 22 entrei na faculdade. Fui sair de casa paterna somente aos 31, quando me casei. Mas aí era vida a dois, com as responsabilidades divididas. E logo fomos pais, começando essa história que tem agora esse desenrolar. Acho que, depois do que vimos, só podemos acreditar que nossa filhinha vai longe. Espero que não tão longe de nós.

2 comentários:

isabela disse...

pode ter certeza que NUNCA tão longe de vocês! a "independência" é boa, mas a saudade é muito ruim... amo vocês!

Carlos Mercuri disse...

Também sinto muita saudade, mas esse crescimento será importante para vc. Beijos