O Barquinho Cultural

O Barquinho Cultural
Agora, o Blog por Bloga e O Barquinho Cultural são parceiros. Compartilhamento de conteúdos, colaboração mútua, dicas e trocas de figurinhas serão as vantagens
dessa sintonia. Ganham todos: criadores, leitores/ouvintes, nós e vocês. É só clicar no barquinho aí em cima que te levamos para uma viagem para o mundo cultural

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fim de semana tranquilo

Não fui ao Rio nem assisti a A Origem. Fui ao cinema, em São Paulo mesmo, mas vi Reflexões de Um Liquidificador, de André Klotzel, diretor do ótimo A Marvada Carne. Reflexões é um filme policial com tons de humor negro, em que o eletrodoméstico cria vida e passa a dialogar com a dona de casa Elvira, papel de Ana Lúcia Torre. A voz do liquidificador é de Selton Mello, que tece reflexões, como diz o título, a respeito da vida e dos homens e, apesar do absurdo, torna-se confidente da dona da casa, que o chama de caco velho, por ser um liquidificador bem antigo. Logo de cara reparei que minha mãe teve um daquele, há muito tempo. O filme é muito bom, se bem que meio arrastado às vezes. Antes, teve um curta sobre um repentista chamado Divino, que proclama seus versos velozmente e nem dá para entender tudo o que ele fala. O filme é o seguinte. Elvira vai na polícia dar queixa do desaparecimento do marido Onofre (Germano Haiut). Ela sai de lá como principal suspeita, sendo perseguida pelo investigador Fuinha (Aramis Trindade). O filme então se desenrola nas reflexões do liquidificador, seus diálogos com Elvira, a visita da vizinha (Fabiula Nascimento, de Estômago, e na investidas de Fuinha, crente de que ela assassinou o marido. Depois da ida à delegacia, o filme faz um flash back para mostrar os antecedentes do desaparecimento. O liquidificador, que seria vendido pelo marido, escapa da troca de lar e comete uma inconfidência: conta que viu o mar e, aí, nasce a dúvida na cabeça de Elvira, que estava estranhando o excesso de horas extras diurnas do marido vigia noturno. Ela descobre, então, que Onofre tem uma amante, a Gorete Milagres (aquela atriz que fazia Oh Coitado na televisão, no papel de uma empregada doméstica). O desfecho é surpreendente, mas não de todo imprevisível. É uma boa diversão, pena que está apenas em uma sala, no Espaço Unibanco da rua Augusta.

Falar em rua Augusta, este sábado resolvi fazer o que tinha resolvido: andar pela avenida Paulista. Desci do metrô na Brigadeiro e fui à Fnac, olhar livros. CDs e DVDs, um ótimo passatempo. Acabei não comprando nada, porque tenho muitos livros em casa sem  ler e quero pôr tudo em dia. Discos e filmes também não estou muito a fim de comprar não, apesar de ter me encantado por uma caixa com a série completa de O Poderoso Chefão, que eu gosto muito. Quem sabe um dia... Também me interessei por Meu Tempo É Agora, um documentário sobre o Paulinho da Viola, que não vi quando estava nos cinemas. Também posso resolver levar algum dia. Quanto a CDs, tirando a reedição dos Beatles, não vi nada que me interessasse.

Antes do cinema, desci até a lanchonete Estadão e comi uma ótima feijoada, nada melhor nesse frio que um prato bem gordo como esse. Estava uma delícia, tracei tudo, não sobrando nada. Fazia muito tempo que não comia no Estadão, que era onde fazia meu lanche quando trabalhava no Diário Popular, de 1989 a 1996. Depois do filme, fui para casa e passei o resto da noite embrulhado em edredon e vendo TV, tomando vinho e comendo queijos. No domingo, acordei tarde, às 14h. Fui depois para a casa de minha irmã mais velha, Vilma, e a acompanhei, junto com a mais nova, Sonia, à igreja adventista. Foi legal, é um ambiente onde a gente se sente muito bem e ouve uma pregação que faz refletir sobre as coisas da vida. Foi um fim de semana tranquilo, que faz com que a semana role na boa, é o que espero.

2 comentários:

isabela disse...

espero que todos os seus dias sejam bons e agradáveis como esses pai :) te amo

Carlos Mercuri disse...

Obrigado, filha, desejo o mesmo pra vc. Tb té amo..