Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.
1961 marca o início da parceira entre Carlos Lyra e Vinicius de Moraes.
Só neste LP lançado nesse ano, que leva apenas o nome do cantor e compositor nascido Carlos Eduardo Lyra Barbosa em 11 de maio de 1933 ou 1939 (nem seu site oficial esclarece), pela Philips, há quatro composições da dupla: "Coisa Mais Linda", "Você e Eu", "Primeira Namorada" e "Nada Como Ter Amor".
Segundo ele próprio conta, "desde criança apaixonei-me pelo cinema e ainda mais pelos musicais (...) Tocava em meu piano de brinquedo e em uma harmônica de boca, mas foi quando servi ao Exército, ao quebrar a perna vencendo um campeonato de salto em distância que, imobilizado, fui contemplado por minha mãe com um violão e aproveitei as aulas de meu vizinho, Garoto (Aníbal Augusto Sardinha - 1915-1955)."
Compôs sua primeira música, "Quando Chegares", em 1954, mesmo ano em que escreveu "Menina", que viria a ser gravada ano seguinte por Sylvinha Telles (1934-1966), mas antes defendida por Geraldo Vandré (1935-) que à época assinava Carlos Dias, no I Festival da Canção, realizado pela TV Rio.
À essa época, já estabelecera contato com os músicos que criariam o que veio a ser conhecido como "bossa nova": além de Sylvinha, João Gilberto (1931-2019), Lúcio Alves (1927-1993), Luiz Eça (1936-1992), João Donato (1934-2023) e outros à volta do piano de Johnny Alf (1929-2010).
Ainda em 1961, fundou, com Oduvaldo Viana Filho (1936-1974), Ferreira Gullar (1930-2016), Leon Hirszman (1937-1987) e Carlos Estevam Martins (1934-2009), o Centro Popular de Cultura da UNE (CPC), atuando também como diretor musical da entidade.
Escreve para peças e filmes e se apresenta em Nova York, em 1962, na lendária apresentação dos bossa-novistas no Carnegie Hall.
Distanciando-se da temática "sorriso e a flor" da bossa nova, passa a compor músicas mais engajadas, e, com a barra pesada pós-1964, autoexila-se no exterior, só voltando em 1971.
Tem um disco censurado em 1974, "Herói do Medo" e volta aos EUA, onde fica mais dois anos.
Escreveu trilhas variadas nos anos seguintes. Em 1984, realizou o show "25 Anos de Bossa Nova". Fez inúmeras excursões solo e com parceiros pelo exterior, além de vários discos, além de alguns livros.
Morreu em 16 de dezembro de 2023.
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