O Barquinho Cultural

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Sábado insano

Sábado fui com minha filha assistir ao espetáculo Terça Insana, em São Caetano. Eles estão comemorando oito anos de existência e trouxeram novos quadros e personagens. Nunca os tinha visto e achei bastante divertido, se bem que em alguns momentos senti enfado. São piadas despretenciosas, sem conteúdo político, por exemplo, mas com tiradas que realmente fazem a gente rir. No U-Tube há vários vídeos de shows antigos, e pude ver alguns realmente engraçados, como o seu Merda, que acabou indo para o Zorra Total, devidamente renomeado para seu Banana. Ou o da irmã Selma, bastante bem bolado. Dos novos, o Homem Ímã de Pessoas Chatas é bem gozado, assim como o Açougueiro e a mulher com tpm. Já o Boliviano eu dormi e não sei se é legal. O intelectual baiano metido a francês (Salvador L'evi Strauss) achei chato (deve ser minha perrenga com franceses). Mas a Margarida foi muito inteligente. Enfim, foi uma boa diversão para um sábado. Eles se apresentam no Avenida Clube toda terça, e no resto da semana viajam, por isso os vi sábado no Paulo Machado de Carvalho.

Na sexta fui conhecer os bares da Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte de SP, um point que vem crescendo na noite. Entrei no Caetano's, lotado, mas logo conseguimos mesa. Cerveja na temperatura correta, boa caipirinha e uma porção de petiscos realmente porção, no aumentativo e superlativo. Pedimos o tal bandejão, e o garçon, honestamente, disse que a porção inteira era muito para dois, e sugeriu meia. Assim mesmo sobrou uns pastéis, bolinhos e croquetes. Uma delícia, apesar de ser tudo fritura (ai, meu colesterol). O ruim é que no final da noite, portas já fechadas, uns clientes um tanto altos acharam que tinham pago o que o garçon disse que não tinham e saiu discussão, empurra-empurra e até uma doida loira que deu de jogar o que viu no balcão no chão. Foram expulsos. Ainda bem.

domingo, 22 de março de 2009

Um reencontro com a paz e a natureza


Conheci Pirenópolis, em Goiás. Adorei. Uma cidade muito bucólica, um point no meio do cerrado para se curtir a natureza e a noite. Claro que um fim de semana é pouco demais para conhecer e usufruir tudo que a cidade e os arredores têm de bom. Fui em uma cachoeira, a Nossa Senhora do Rosário, a 33 km da cidade. O lugar é maravilhoso. Tem um restaurante de pedra muito zen, com diversas esculturas - na verdade, pedras empilhadas de uma maneira que só o cara que fez deve saber por quê -, um quarto cheio de redes onde vi um pôr-do-sol divino, depois de tirar uma soneca como há muito tempo não tirava. De lá, após descer um morro bem íngreme, se chega a um mirante, de onde se pode ver o cerrado, aquela vegetação tão especial, com cada flor incrível. Mais para baixo há uma piscina natural com uma água límpida, que revela um fundo de pedras e folhas caídas das muitas árvores ao redor que remete a uma paz incrível. Como me senti bem naquele lugar. Mas a água estava fria demais, e o sol, encoberto pela copa das árvores, não ajudava a aquecer. Resultado: nem entrei na água, do que me arrependo, porque deveria estar maravilhosa. Descendo outro tanto, em uma escadinha a quase 90 graus, chega-se à cachoeira, que cai em um laguinho repleto de pedras redondas fazendo um leito muito bonito. Bem, aí tive coragem de entrar na água, e por isso me arrependi de não entrar na piscina, porque a água é gelada, mas depois de dentro dela o corpo se acostuma e fica até quente. É muito bom mesmo sentir o jorro daquela queda d'água nas costas, na cabeça. Depois o almoço naquela casa de pedra, onde um tucano, de nome Obama, faz voos rasantes e vem pousar em nosso braço à espera de algum pedaço de comida. O almoço foi tudo de bom também, comida feita em fogão de lenha, muitos legumes da horta dos donos. Um local bem integrado à natureza, e onde se dá vontade de ficar muito tempo, sem querer ir embora.

A pousada é outro destaque. De nome Quintas de Santa Bárbara, é instalada em um terreno enorme repleto de árvores, jardins, onde se pode deparar de repente com famílias de cotias e micos muito graciosos. Redes na varanda dos quartos onde se pode render-se à preguiça sem a menor culpa. Aliás, lá se esquece de qualquer problema e vive-se apenas integrado à natureza, convivendo com pássaros de todos os tipos - vi uma dupla de periquitos comendo coquinhos que foi um espetáculo. A gente que é do asfalto muitas vezes nem se dá conta de como isso é importante. À noite, em uma volta pela cidade, dá para se ver como fervilha. Inúmeros barzinhos, onde pude experimentar o famoso empadão goiano, uma delícia, um sorvete de capim santo (erva cidreira) surpreendente. Antes de ir embora, almoço no restaurante Pedreira, onde comi uma pamonha frita que nunca imaginei existir. Que delícia! Nossa, é um lugar muito gostoso, de um astral incrível, com uma riqueza cultural que ainda há muito a se explorar. O ponto negativo são as inúmeras pedreiras ao redor, que parece que tornam a extração de pedras a principal atividade econômica da região. Isso é que nem garimpo, sabe, degrada muito a natureza. Ah, em outra pousada conheci um trecho do rio das Almas, que me fez definitivamente tomar a decisão de nunca mais na vida chamar o Tietê, o Pinheiros e o Tamanduateí de rios. Uma beleza de paisagem também, que havia muito tempo não vislumbrava. Lembrei-me de quando era menino de 5, 6 anos, que morava em um lugar, em São Caetano, em que havia ainda rios límpidos, matas virgens, natureza mesmo. Pena que o progresso terminou com tudo isso. Mas o bom é que ainda há muitos lugares assim neste país, basta viajar um pouco e se depara com o verde, o céu cravejado de estrelas, uma lua redondinha e um sol benfeitor a banhar todo o cenário e dar-nos o espetáculo de seu nascer e seu pôr.
Destaque especial à minha amiga Sandra, que me revelou esse esplêndido lugar e confirmou a impressão que já tivera dela na Ilha do Mel, uma pessoa agradabilíssima e excelente companhia, com que tive conversas maravilhosas e momentos inesquecíveis.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Pirenópolis


Amanhã irei a Pirenópolis, em Goiás. Minha amiga Sandra me encheu de vontade ao descrever o que encontrarei ali: cachoeiras, natureza, cidadezinhas antigas, trilhas, boa comida, boa diversão. Como confio no seu julgamento, espero que realmente me divirta muito. Quero conhecer a natureza, a cultura, a gente, a comida. As festas. Neste fim de semana, coincidentemente, haverá uma mostra de vídeo socioambiental, além de oficinas diversas, shows e no sábado uma baladinha imperdível. Gostaria de fazer também uma das caminhadas, mas acho que um fim de semana é pouco para explorar plenamente o local. O interessante também será conhecer o Cerrado, um bioma dos mais importantes, a savana com a maior biodiversidade do planeta. Enfim, segunda-feira relato tudo, ilustrado com muitas fotos.

Imagem legal

Tem mais destas aqui: http://b3ta.com/challenge/beatles


quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu não sou cachorro, não

Ontem uma amiga me chamou de cachorro, pelo fato de eu ter muitas amigas. Claro, ela quis dizer que eu sou mulherengo, galinha... Ora, longe de mim. Realmente eu tenho muito mais amigas do que amigos, mas não é culpa minha. É que eu não sei conversar com homens muito bem, porque não entendo nem gosto de futebol, detesto falar de carros (o meu não tem equipamento nenhum além de um tocador de CD e rádio porque, afinal, sem música eu não vivo) e não fico em balcão de bar enchendo a cara e falando mal da mulher. Claro que isso é um estereótipo, mas a verdade é que por conta disso eu não firmei muitas amizades masculinas mesmo. Evidente que tenho grandes e preciosos amigos, que há assuntos variados para falar com eles, mas tenho as amigas ou colegas em maior número. E me orgulho muito de minhas amizades femininas. Com elas conversamos assuntos mais, digamos, abstratos, e a percepção feminina das coisas me deixa muito surpreso. Alerta-me para o quanto as vezes analisamos uma situação com o olhar superficial ou óbvio, enquanto as mulheres veem nuances que nos passam despercebidos. Fui criado em um lar com mãe e duas irmãs - o pai também, mas ele trabalhava fora e não partilhava de meu dia o tempo todo como essas três. Talvez isso explique essa minha predileção por elas. Portanto, minha amiga, cachorro eu não sou, pois quando eu amo só existe meu amor para mim e mais ninguém.

segunda-feira, 9 de março de 2009

À sombra das chuteiras imortais



Assunto obrigatório: Ronaldo. Quem me conhece sabe que não ligo pra futebol, mas esse assunto é a notícia do domingo, estampa a capa de todos os jornais (o Correio Braziliense deu manchete) e não se pode deixar passar em branco. Eu vi uma parte do jogo. E vi o chute na trave, o passe e finalmente a cabeçada fatal. A tv não deu moleza: reprisou em câmera lenta, inúmeras vezes, vários dos lances do fenômeno. Olha, eu não entendo nada de futebol, mas os dribles e a precisão do cara não são coisas que se precise de ciência para perceber. A bola nos pés de Ronaldo faz se ter a impressão de que jogar futebol é fácil. Eu gostava de ver o Garrincha driblar os joões e do estilo de Pelé, muito forte, um impulso na corrida perfeito. Isso dá gosto de ver em uma partida. Agora, o que se vê em demasia por aí é firula, cera, jogo retrancado, travado, sem beleza, sem poesia. Quando eu lia as crônicas do Nelson Rodrigues sobre futebol sentia vontade de ser torcedor, tamanha a beleza do texto do grande escritor e dramaturgo. Ele fazia o futebol parecer ópera, concerto, obra-prima. Será que o texto dele conseguiria embelezar o futebol que se vê por aí hoje? Não sei responder. Ronalducho, continue assim. Quem sabe eu me torne corintiano...

domingo, 8 de março de 2009

What a night!

Hoje é 8 de março, Dia Internacional da Mulher, uma data que talvez poucas pessoas saibam por que existe, qual sua origem. Bem, se procurarem no Google vão achar, mas faço questã de registrar aqui: em 1857, em Nov York, operárias de uma fábrica de tecidos fizeram uma greve, reivindicando coisas como melhores condições de trabalho e redução da jornada de trabalho, que chegava a 16 horas diárias. Queriam jornada de 10 horas. Também pediam equiparação salarial com os homens, já que percebiam 1/3 do salário dos homens para o mesmo trabalho. Bem, elas ocuparam a tal fábrica em 8 de março e a patrãozada trancou-as lá e botou fogo na firma. Morreram 130 tecelãs, aproximadamente. Em 1910, em conferência na Dinamarca, resolveram que esse dia seria a data internacional da mulher, oficializada pela ONU. O objetivo foi que, nessa data, se fizesse uma reflexão, se debatesse o papel da mulher na sociedade, no mundo do trabalho, visando diminuir o preconceito contra nossas parceiras, valorizá-las como merecem. Hoje, a data, como tantas outras, foi absorvida pelo comércio, e prefere-se dar um presentinho, buquê de flores, a parar para ver se realmente a mulher está com seu papel e seus direitos atendidos. Eu admiro muitas mulheres, sempre fui chefiado por uma, desde minha iniciação profissional, e acho que quanto mais falarmos a mesma língua mais será desnecessário discutir suas mazelas.

Falar em mulher, não posso deixar de registrar aqui minha experiência neste fim de semana, repleto de companhias femininas. Sinto-me privilegiado por poder contar com a companhia de tantas belas e perfeitas mulheres. Sexta-feira fui com minha filha, a mãe dela e uma sua tia, irmã da mãe, ao cinema. Vimos "Menino da Porteira". Um filme cândido, descompromissado, que trata do universo rural com propriedade, e retrata em imagens a história da música, claro que adaptada para obter um efeito dramático melhor. Após o cinema, fui a um bar legal na Vila Madalena com uma amiga, uma mãe de um casal, professora do Estado, mulher batalhadora, a quem só pude depositar meu carinho e admiração, e absorver tanto ensinamento que saí desse encontro melhor pai do que entrei, com certeza. Já no sábado, estive com minhas duas irmãs, mulheres igualmente batalhadoras, mães, a mais velha já avó de quatro lindinhos. É incrível como nessa altura da vida a relação com os irmãos é tão madura, diferente daquelas picuinhas de quando éramos adolescentes. Hoje, já sem nossos pais vivos, somos o esteio um do outro e a nossa referência de família. À noite, fui em uma pizzaria na Freguesia do Ó com outra amiga, também mãe de duas meninas, viúva. Uma pessoa de um astral contagiante, serena, com as palavras adequadas a cada situação. Uma mulher com quem a conversa foi construtiva e reconfortante. Depois dessa conversa, deixo-a em casa e, sem sono, resolvo bater perna na Vila Madalena. Paro no Filial e tomo chopes. Mulheres bastante. Procurei conversa com algumas. Tive resposta com umas, outras educadamente me puseram para correr. Havia uma completamente bêbada, para em cada rodinha para conversar, palavras desconexas. Uma hora ele chegou em mim e simplesmente pegou meu chope e jogou fora. Ainda bem que o garçom viu e repôs. Outra hora veio e simplesmente apropriou-se de meu copo. Não soube como lidar com ela. Uma moça muito bonita, decerto de recursos, mas fraca de bebida. Conversei depois com uma dupla, que não entendi muito bem o que estavam ali fazendo, só sei que em determinado momento saíram para a rua e não retornaram. Acabei conversando com uma outra que correspondeu ao meu oi, fez-me pagar sua conta e disse que ia ao Love Story, uma baladinha no centro de São Paulo. Levei-a lá. Da porta ela sumiu e nunca mais. Encontrei-a só duas vezes na pista e ela não me deu muita trela. Fiquei na minha e procurei ver se aproveitava o ambiente. Logo de cara fui chamado de tio por uma garota pouco mais velha que minha filha e com roupas ínfimas. E assim foi a noite toda. Não despertei a atenção de ninguém ali dentro. Mas me diverti bastante, dancei, até conversei algo com algumas pessoas. Só achei um roubo pagar 50 paus pra entrar, mas valendo dois uísques, e depois na saída os seguranças pediram uma caixinha, sei lá por quê. Definitaamente, isso não é ambiente para mim. Sem querer parecer careta, mas acho que em ambientes como aquele a mulher esquece sua história e torna-se uma pessoa cujo único valor encerra-se no sexo e só. É uma grande pena, mas é o conceito de diversão que impera por aí.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cultura da não fruição

Comprei recentemente um novo aparelho celular, não de último modelo, mas bem moderno, desses com câmera fotográfica e filmadora, internet, e-mail, bluetooth, rádio, tocador de mp3 e mais um monte de recurso que ainda preciso ler no manual para entender para que serve e como operar. Ah, serve para telefonar e mandar torpedo também, meus usos mais frequentes. Imagino vez em quando como um aparelho desses me fez falta 25 anos atrás, quando tantas vezes estava atrasado para um compromisso, preso no tráfego dentro de um ônibus, e uma ligação avisando que chegaria mais tarde seria uma boa livração da cara. Incrível, mas hoje há o recurso mas não a necessidade, parece que, embora o trânsito tenha piorado muito mais, consigo me programar melhor e não chegar atrasado a nada. Ou então quantas vezes vi cenas impressionantes na rua que pensava se tivesse uma câmera iria eternizar o momento. Hoje tenho, mas parece que o olhar está menos atento. Não sei, mas me parece que a necessidade torna as pessoas mais sensíveis ao que lhes ocorre ao redor. Hoje temos tudo à mão e muitas vezes nem sabemos para que precisamos. Troca-se de celular a cada seis meses apenas para ter o mais recente modelo. Há tempos venho adiando a compra de um gravador de DVD. Penso: com ele, faria a coleção de filmes que eu comecei ainda na época do videocassete e abandonei. Gravei centenas de filmes. A quantos eu assisti? Poucos, muito poucos. Comprei vários DVDs também e estão lá, dormindo na estante. Então, para que comprar o gravador se não conseguirei assistir a tudo que gravar. Também baixei um monte de músicas em mp3 no computador. Tem mais de 5 mil lá. E a disposição de ouvi-las? E assim as coisas vão. Livros que comprei ainda nos anos de faculdade que igualmente não foram lidos... É a cultura da acumulação, ou da facilidade. Porque quando o acesso era difícil, consumia-se avidamente o que se conseguia. Claro, a culpa não é da tecnologia, penso que é a gente que não sabe lidar bem com isso: quer-se tudo para nada usufruir, da mesma forma que a garotada hoje tem diversos casos (ou ficadas) e nenhum romance.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Elles voltaram (mas se foram?)

E o Collor hein? O agora senador pelo PTB do Roberto Jefferson vai presidir a Comissão de Infraestrutura do Senado, um colegiado que tem importância estratégica na agilização e/ou desaceleração dos projetos que o governo pôs embaixo do guarda-chuva do PAC. Dizem que o propósito do ex-presidente é ganhar visibilidade para alçar voos rumo ao Palácio República dos Palmares ou, quem sabe, regresso ao do Planato... Tudo é possível. Garantem alguns colunistas que "elle" não pretende incomodar o governo, do qual seu partido integra a base aliada. Quem diria, não é mesmo? E, como bem lembrou Dora Kramer, Collor foi eleito à comissão, derrotando Ideli Salvatti (PT-SC) - a quem caberia por direito regimental a cadeira -, por obra e manobra de seu fiel escudeiro Renan Calheiros (esse também conhecedor dos dissabores de uma renúncia), após receber salvo-conduto do presidente da Casa, José Sarney. Conforme recorda Dora, Sarney era atacado ferozmente por Collor em sua campanha, chamado de "batedor de carteira da União". Coisas da política, onde não há inimigos, mas apenas adversários, que, como se sabe, mudam de lado ao sabor das conveniências. Bem, recuso-me a postar fotos desses cidadãos. Esse é um blog decente...

Ronalducho, pra usar uma expressão do José Simão, jogou uns 25 minutos ontem, na partida contra o Itumbiara, de Goiás, quando o Coringão venceu por 2 a 0. Não entendo nada de futebol e não acompanho jogos, mas fizeram tanto barulho por conta desse retorno do fenômeno depois de mais de um ano de molho, devido a nova lesão em um joelho, que resolvi assistir à partida. Vinte e dois minutos do segundo tempo: o camisa 9 adentra o campo. Vixe, o cara tá muito gordo, mais que eu, que nem tenho tanta barriga assim. Senti-me redimido. Pena que minha protuberância abdominal não rende milhões nenhum... Rs


Excomunhão é algo que ainda assusta alguém? Queria entender. Nunca fui ligado a questões religiosas e não sei o que realmente significa essa medida da Igreja Católica. Estou falando do arcebispo de Recife e Olinda que excomungou os médicos que provocaram o aborto dos gêmeos que uma menina de nove anos trazia em seu ventre, fruto de uma relação não consentida com seu padastro. A mãe da garota também foi condenada. Quero saber se o tal padastro continua a ter o sagrado direito à comunhão na cadeia ou também será defenestrado para sempre do caminho do céu.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Carnavelhas

Depois de dois carnavais em Salvador, eis que este ano eu quis sossego e fui a um show das Velhas Virgens, numa casa na Augusta chamada Inferno Club. Os caras tocaram muitas marchinhas das antigas ao som de guitarras e muita baixaria. Foi muito legal. A casa é bem interessante, um ambiente propício ao rockenroll do jeito que eu gosto. Tocaram também alguns de seus clássicos, que eu só conhecia de nome e, olhe, gostei muito. Bem escrotos, machistas ao extremo, escatológicos e pornográficos, mas muito divertidos. Bem melhor que os axés da Bahia e os baticuns dos sambódromos. Mas não me livrei disso de todo, já que fiquei de plantão de sábado para domingo de carnaval. Porém foi tranquilo, e só deu para eu constatar, mais uma vez, que de carnaval nada entendo e não pretendo me aprofundar. Virou uma indústria como qualquer outra de entretenimento e deve girar muita grana por conta do turismo. Mas eu não gosto, fazer o quê?