“Como se fossem arrastados pelas águas turvas do rio Mystic, três amigos se veem conduzidos de volta ao passado.” O livro de Dennis Lehane, filmado por Clint Eastwood, junta, 25 anos depois, três amigos por ocasião do assassinato da filha adolescente de um deles. É um filme incrível, o livro não li. Mas lembrei-me dele por causa do reencontro, ontem, de três amigos creio que 25 anos depois também da última vez que nos vimos. E o lobo tem tudo a ver.
Ontem, ainda, antes da reunião, um telefonema. Pessoa que há
30 anos não vejo. O passado vem me visitar. Passado por quê? O vivido é
presente, porque forjou o que sou hoje. E um reencontro é, mais que um reviver,
é um perceber que as pessoas que nos são caras assim o são independentemente do
quanto nos afastamos. Um amigo o é sempre, basta um rever para perceber.
Saber o que andamos fazendo nesse tempo, relembrar o que
vivemos, rir dos episódios engraçados que na época pareceram tão trágicos. Descobrir
que o tempo não prejudicou o carinho mútuo, não apagou nem diminuiu o amor
intenso. E ter a certeza de que outros encontros virão, projetos poderão ser
tocados, e algo pode ser construído. O tempo é relativo.
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