Celly Campello

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Célia Benelli Campello, a primeira rainha do rock brasileiro Celly Campello (1942-2003), gravou seu último LP, "Brotinho Encantador", em meados de 1961.

Antes do fim daquele ano, abandonou a carreira para se casar com José Eduardo Gomes Chacon.

Paulistana criada em Taubaté, no Vale do Paraíba, fez sua primeira aparição pública aos 5 anos, em um espetáculo mirim de balé, dançando “Tico-Tico no Fubá”.

Aos 6 anos, cantou pela primeira vez, ao microfone da Rádio Cacique. Paralelamente, estudava balé, piano e violão, e tornou-se uma das estrelinhas do “Clube do Guri”, apresentado aos domingos na Rádio Difusora de Taubaté.

Aos 12 anos, ganhou seu próprio programa, na Cacique. Aos 16 anos incompletos, em 1958, estreou em gravações, na Odeon, interpretando “Handsome boy”, tendo, no outro lado do 78 rpm, “Forgive me”, com o irmão, Tony Campello.

O estouro definitivo, porém, veio em março de 1959, quando saiu o clássico “Estúpido Cupido (Stupid Cupid)”, versão de Fred Jorge para um hit de Neil Sedaka.

Emplacou outros sucessos, tais como “Lacinhos Cor de Rosa”, “Banho de Lua” e “Trem do Amor”, entre outros.

Após encerrar a carreira, ainda gravou, em 1968, um LP em homenagem aos seus 10 anos de carreira, pela Odeon.

Ainda gravaria outros discos, sem sucesso.

Voltou à evidência em 1976, quando a novela “Estúpido Cupido”, escrita por Mário Prata para a TV Globo, e ambientada em 1961, reviveu antigos sucessos dela e de outros contemporâneos, como Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, Wilson Miranda, Sérgio Murilo, Demétrius e o irmão Tony.

“Brotinho encantador”, seu quinto LP, tem várias versões do rock internacional e algumas faixas em inglês (“Runaway”, “Little devil”, “Angel , Angel”).

A faixa "Presidente dos Brotos", versão de Fred Jorge para "That's All You Gotta Do" ((Jerry Reed), foi lançada quando o Brasil vivia em regime parlamentarista, após a crise política causada pela renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa de impedir a posse do vice, João Goulart.