O Barquinho Cultural

O Barquinho Cultural
Agora, o Blog por Bloga e O Barquinho Cultural são parceiros. Compartilhamento de conteúdos, colaboração mútua, dicas e trocas de figurinhas serão as vantagens dessa sintonia. Ganham todos: criadores, leitores/ouvintes, nós e vocês. É só clicar no barquinho aí em cima que te levamos para uma viagem para o mundo cultural

sábado, 8 de março de 2025

Blecaute


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

O "General da Banda" Otávio Henrique de Oliveira, nome de registro do cantor e compositor Blecaute (1919-1983), fez sucesso nos carnavais das décadas de 1960 a 1980.

O epíteto General da Banda, música de Sátiro de Melo, Tancredo Silva e José Alcides, se tornou quase tão famoso no Rio quanto o Zé Pereira.

Vestido com uma farda engalanada, como a de um regente das bandinhas do interior, o cantor Blecaute abria a folia carioca, nos anos 50 e parte dos 60, desfilando na Cinelândia ao som desse samba, seu primeiro grande sucesso, gravado em 1949.

O apelido de "Black-out", depois simplesmente Blecaute, lhe foi dado pelo Capitão Furtado, em São Paulo, quando começou a cantar nas rádios.

Veio do interior (Espírito Santo do Pinhal) para a capital paulista ainda menino, quando ficou órfão de pai e mãe.

Depois de trabalhar alguns anos como engraxate e entregador de jornais, tentou um programa de calouros na rádio Tupi e iniciou carreira de cantor.

Mudou-se para o Rio em 1942, trabalhando em várias rádios. Dois anos depois, gravou seu primeiro disco, com "Eu Agora Sou Casado", de Cristovão de Alencar e Alcibíades Nogueira, na Continental.

Mas o sucesso só aconteceu em 1949, com "Pedreiro Valdemar" (Wilson Batista e Roberto Martins), e "General da Banda".

O encontro com a dupla de compositores Armando Cavalcanti e Klécius Caldas foi promissor: são deles os sucessos carnavalescos que Blecaute gravou a seguir, como "Papai Adão" (1951), "Maria Candelária" (1952), "Piada de Salão" (1954) e "Maria Escandalosa" (1955).

A partir daí, o cantor fez sucessos relativos. Compositor bissexto, é autor da canção "Natal das Crianças", que gravou em 1952.

Compôs também "Iansã", para o carnaval de 1973. Em 1961, gravou pela Odeon um LP de boleros, "Don Octavio Henrique de los Boleros", com arranjos e regências do maestro Gaya.

"Maria Bonita" é uma das duas músicas do mexicano Agustín Lara (1897-1970) gravados no álbum; a outra é "Palabras de Mujer". (Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB, Folha de S. Paulo.)




Nenhum comentário: