Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.
Jorge Veiga, o Caricaturista do Samba, nasceu em 1910, no subúrbio do Engenho de Dentro (RJ), e morreu em 1979.
O cantor se tornou famoso por interpretar com voz fanhosa e sorriso fácil sambas de breque, anedóticos e malandros, que o tornaram a mais perfeita tradução do malandro carioca metido a grã-fino da década de 50.
Foi pintor de paredes e artista de circo, parceiro de Cyro Monteiro (1913-1973) e pupilo do ator Paulo Gracindo (1911-1995), que lhe deu o apelido pelo qual ficaria conhecido em todo o Brasil, porque muitas de suas músicas faziam caricaturas da época em que viveu.
Estreou no rádio em maio de 1934. Em 1938 assinou seu primeiro contrato com a Rádio Transmissora. Nessa mesma época fazia também dupla com o cômico Colé (1919-2000) numa companhia teatral que viajou para o Pará, onde faliu.
De volta ao Rio, trabalhou na companhia de revistas de Walter Pinto (1913-1994) e participou no Teatro Recreio, no Rio, da revista “Você Já Foi à Bahia?”.
Voltou para o rádio e seu sucesso aumentou cada vez mais. Em 1939, gravou um disco. Foi a rancheira “Adeus João”, acompanhado pelo acordeom de Antenógenes Silva (1906-2001).
Apareceram em sua vida então o amigo Rogério Guimarães (1900-1980) e o compositor Heitor Catumbi (1895-1980). Fizeram-no mudar seu jeito de cantar e escolher outras músicas.
Jorge Veiga os seguiu. Cantava, sorrindo, sambas malandros, anedóticos, além de samba de breque, moda da época.
A partir de 1944, com "Iracema" (Raul Marques e Otolindo Lopes), passa a ser um dos campeões dos carnavais.
No ano seguinte, mais outro sucesso: "Rosalina", de Haroldo Lobo e Wilson Batista. No carnaval de 1947, fez sucesso com o samba "Eu Quero é Rosetar!", de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, amplamente executado pelas rádios e que se tornou um de seus bordões.
A partir de 1951, na Rádio Nacional, ficou famoso pelo bordão criado pelo ator Floriano Faissal (1907-1986), com o qual iniciava seus programas: "Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil, aqui fala Jorge Veiga, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Estações do interior, queiram dar os seus prefixos para guia de nossas aeronaves".
Em 1959, conheceu novo grande sucesso com a regravação do samba "Acertei no Milhar", de Wilson Batista e Geraldo Pereira, que virou um marco na sua carreira.
Em 1961, lançou o LP "A Volta do Sambista (Obrigado, Doutor), que apresentava, entre outras, a faixa subtítulo, dele e Gabilan, em que agradece ao médico que o assistiu durante o período que esteve afastado devido a um acidente.
Em 1964, fez grande sucesso no carnaval com o samba-coco "Bigorrilho", de Paquito, Romeu Gentil e Sebastião Gomes, que se tornou depois obrigatório em seus shows.
No ano de sua morte, a CBS lançou o LP "O Eterno Jorge Veiga". A música do falso vídeo (só áudio, em som ambiente) é "Pernambuco Você É Meu", de Daniel Lustosa e Tancredo Silva, gravado nesse LP de 1961, pela Copacabana.
(Fontes: Esquina Musical, Funarte, Dicionário Cravo Albin da MPB, Toque Musical, Pró-TV)
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