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terça-feira, 25 de março de 2025

Orlando Silva

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Orlando Garcia da Silva (1915-1978) iniciou sua carreira ainda na década de 1930, participando de programas de rádio, em especial o de Francisco Alves (1898-1952) na então Rádio Cajuti, gravando seu primeiro disco pela RCA Victor apenas 7 meses após o início de sua carreira.

Em 1936, foi convidado a gravar para o filme "Cidade Mulher", da Brasil Vita, as músicas "Cidade Mulher" e "Dama do Cabaré", ambas de autoria do sambista Noel Rosa, além de participar da inauguração da Rádio Nacional, assinando contrato com a rádio na mesma ocasião.

No ano seguinte, Orlando grava, com acompanhamento da Orquestra Victor brasileira, a valsa "Lábios Que Beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo, transformando-se num dos maiores sucessos de sua carreira, além de "Juramento Falso", também de J. Cascata e Leonel Azevedo, que, com o acompanhamento de Radamés Gnatalli (1906-1988), integrou o lado A deste mesmo disco.

Neste ano, recebeu do locutor Oduvaldo Cozzi (1915-1978) o apelido pelo qual se tornou conhecido durante toda sua carreira, "o cantor das multidões" em função de uma apresentação realizada no bairro do Brás, em São Paulo, onde estiveram presentes mais de dez mil pessoas para ouvi-lo cantar da sacada do Teatro Colombo.

Ainda neste mesmo ano, no ápice de sua carreira, gravou as músicas "Rosa" e "Carinhoso", de Pixinguinha, sendo o primeiro cantor a gravá-las, além de "Alegria", de Assis Valente e Durval Maia; "Boêmio", de Ataulfo Alves e J. Pereira; "Aliança Partida", de Benedito Lacerda e Roberto Martins, e "Amigo Leal", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral.

Em 1938, participou do filme "Bananas da Terra", dirigido por J. Rui, com a música "A Jardineira", de Benedito Lacerda e Humberto Porto, que viria a ser a marchinha de maior sucesso do ano seguinte, e uma das músicas de sua autoria mais lembradas de sua carreira.

Neste ano de 1938, estourou no carnaval a marchinha "Abre a Janela", de Arlindo Marques Júnior e Alberto Roserti, interpretada por Orlando, além de ter gravado com muito sucesso as músicas "Caprichos do Destino", de Claudionor Cruz e Pedro Caetano; "Errei, Erramos", de Ataulfo Alves, e "Nada Além", de Custódio Mesquita e Mário Lago.

No início dos anos 1940, Orlando intensificou seu uso de drogas - que começou para aplacar as dores de um acidente de bonde que lhe decepou um quarto de um dos pés - ao mesmo tempo em que sua carreira entrava em declínio, o que por sua vez o fazia consumir mais entorpecentes.

Em 1946, perdeu seu contrato com a Rádio Nacional, que tentou recontratá-lo anos depois mas acabou demitindo-o novamente. Em 1947 e 1948, conseguiu gravar sete e três discos, respectivamente, mas em 1949 a Odeon também rompeu com ele.

Em 1961, Orlando tentou uma última cartada junto à RCA Victor: um projeto para regravar 32 de seus sucessos. Depois disso, seus últimos trabalhos foram algumas aparições na televisão.

Um dos LPs dessa época é "Quando a Saudade Apertar", lançado em 1961, em que regravou "Atire a Primeira Pedra", um samba de Ataulfo Alves e Mário Lago, que havia lançado em 78 rpm, pela Odeon, em 1943, e que foi o grande sucesso do carnaval carioca de 1944. (Fontes: Blog da Música Brasileira, Wikipédia, IMMuB.)


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