O Barquinho Cultural

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domingo, 30 de março de 2025

Patsy Cline


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Patsy Cline (1932-1963) foi uma cantora norte-americana de música country. Seu nome de batismo era Virginia Patterson Hensley, nascida em Winchester, na Virgínia.

Assinou seu primeiro contrato como cantora country em 1953 e, apesar de sua vida curta, tornou-se uma das intérpretes mais influentes da história da música popular norte-americana.

Ela ajudou a quebrar a barreira de gênero neste gênero musical, em grande parte graças à sua voz suave e emotiva.

O pai de Cline, Samuel, era ferreiro. Sua mãe, Hilda, tinha apenas 16 anos quando se casou com Samuel, 25 anos mais velho que ela. O casal teve três filhos antes de se separarem, com Hilda se tornando costureira para sustentar sua família.

Cline aprendeu sozinha a tocar piano por volta dos 8 anos de idade. Mais tarde, ela descobriu sua paixão por cantar. Quando tinha 16 anos, Cline largou a escola para ir trabalhar para ajudar a família. Teve diversos empregos.

Em seu tempo livre, Cline começou sua carreira de cantora. Ela se apresentou em estações de rádio locais e entrou em inúmeros concursos de canto.

Seu primeiro sucesso foi "Walkin' After Midnight" (1957), escrito por Don Hecht e Alan Block. Embora tenha começado a carreira gravando rockabilly, sua voz combinava mais com os sucessos pop/country.

Outros de seus hits foram "Crazy" (Willie Nelson), "She's Got You" (Hank Cochran) e "I Fall To Pieces" (Hank Cochran e Harlan Howard), este lançado em 1961.

Cline morreu em um acidente de avião em Camden, Tennessee, aos 30 anos. No avião com ela estavam outras figuras conhecidas do country na época, como Hawkshaw Hawkins (1921-1963), Randy Hughes (1928-1963) e Cowboy Copas (1913-1963). Hughes, então namorado e empresário de Cline, era o piloto do avião.

"I Fall to Pieces", gravada na primeira sessão em que Cline teve liberdade de cantar o que quisesse, foi o ponto de virada em sua carreira.

Alcançando o número um nas paradas country e o número 12 no pop, foi o primeiro de vários crossovers country-pop que ela iria desfrutar nos anos seguintes.

Embora seu ímpeto comercial tenha diminuído um pouco nos anos seguintes, ela ainda estava no topo quando morreu. (Fontes: Rolling Stone, Biography, All Music)


sábado, 29 de março de 2025

Judy Garland

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Em 10 de julho de 1961, a Capitol lançou o LP duplo "Judy At Carnegie Hall", registro do concerto de Judy Garland na casa de espetáculos de Nova York realizado na noite de 23 de abril daquele ano.

O disco ganhou o Grammy de Álbum do Ano (de música popular), fazendo de Garland a primeira mulher a ganhar o prêmio. O álbum arrematou ainda os prêmios de Melhor Performance Vocal Feminina, Melhor Engenharia de Som (para o engenheiro Robert Arnold) e Melhor Capa (para o diretor Kim Silke).

Em 2003, a Biblioteca do Congresso dos EUA considerou o álbum "culturalmente, historicamente ou esteticamente significante" e o selecionou para preservação no Registro Nacional de Gravações, um programa nacional para proteger o patrimônio de gravações sonoras do país.

Judy Garland, nascida Frances Ethel Gumm (1922-1969), foi uma atriz, cantora, dançarina e artista de vaudeville estadunidense, considerada por muitos uma das principais estrelas cantoras da era de ouro dos musicais de Hollywood .

Em 1940, recebeu o Oscar Juvenil por sua atuação em "The Wizard of Oz" (no Brasil, 'O Mágico de Oz', de Victor Fleming, 1939) e "Babes in Arms" ('Sangue de Artista', Busby Berkeley, 1939).

Vinda de uma família de artistas de teatro, Judy e as irmãs - Mary Jane e Dorothy Virginia - formaram um grupo de dança, o The Gumm Sisters, e estrearam no cinema em 1928.

Em 1934, trocaram o nome do grupo para The Garland Sisters, quando Frances também passou a assinar Judy.

A escolha de Garland é controversa. O grupo se desfez em 1935 com o casamento de uma das irmãs, mesmo ano em que Judy fez sua estreia profissional como cantora, em um programa de rádio, e em que assinou com a MGM.

Atuou em papeis pequenos até contracenar como protagonista com Mickey Rooney (1920-2014) em "Baby in Arms", e ainda estrelou com Mickey mais cinco filmes.

Em 1938, aos 16 anos, Judy conseguiu o papel principal de Dorothy Gale em "O Mágico de Oz", em que ela cantou a música com a qual ela sempre seria identificada, "Over the Rainbow" (Harold Arlen e Yip Harburg).

A garota chegava a trabalhar 18 horas diárias, para conseguir finalizar rapidamente suas diversas cenas. Sua mãe e os diretores lhe davam anfetaminas para que ela não dormisse e tivesse disposição para finalizar as filmagens, o que arruinou sua saúde física e psicológica com os anos.

Seguiu em ritmo frenético de trabalho, e sofria tanto assédio sexual como críticas por sua aparência, desenvolvendo depressão, o que, somado a decepções amorosas, fez que tentasse o suicídio algumas vezes.

Foi forçada a abortar em sua primeira gravidez, "para não atrapalhar a carreira", desenvolveu anorexia pela pressão para emagrecer. Deu à luz Liza Minnelli, de seu casamento com Vincent Minnelli (1903-1986), em 1946.

No ano seguinte, foi internada com colapso nervoso, pelo excesso de trabalho e abuso de antidepressivos. Tentou novamente o suicídio. Recuperada, fez mais quatro filmes para a MGM, mas sua saúde agravou-se e deixou outras filmagens incompletas, sendo suspensa pelo estúdio.

Em 1951, passou a apresentar-se em teatros e casou-se com Sidney Luft (1915-2015), com quem teve dois filhos, Lorna (1952-) e Joey (1955-).

Voltou ao cinema em 1952, estrelando, em 1954, o remake de "A Star is Born" ('Nasce uma Estrela', de George Cukor) para a Warner Bros.

Estrelou outros filmes, com indicações para o Oscar, e atuou em vários programas de televisão, além de montagens de shows em Las Vegas.

Em 1962, teve seu próprio programa na CBS, "The Judy Garland Show", que durou, no entanto apenas uma temporada.

Com cirrose hepática e arruinada financeiramente, divorciou-se de Sidney, alegando maus-tratos, e voltou a se apresentar nos palcos, inclusive com a filha Liza, então com 18 anos, em Londres, em 1964.

Em 1967, foi escalada pela 20th Century Fox para um filme, mas, com excesso de faltas, acabou demitida.

Voltou aos espetáculos com os filhos, mas, em janeiro de 1969, sua saúde estava se deteriorando, vindo a morrer em 22 de junho.


sexta-feira, 28 de março de 2025

Everly Brothers

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Em 1961, os irmãos Don (1937-2021) e Phil (1939-2014) Everly, The Everly Brothers, lançaram três singles pela Warner Bros, com quem assinaram no início dos anos 1960, após três anos bem-sucedidos na Cadence, onde emplacaram o primeiro grande sucesso deles, "Bye Bye Love" - uma canção do casal Felice e Boudleaux Bryant que havia sido rejeitada por 30 selos antes.

"Walk Right Back" (Sonny Curtis), "Tempation" (Nacio Herb Brown e Arthur Freede) e "Don't Blame Me" (Jimmy McHugh e Dorothy Fields) não chegaram ao topo das paradas nos EUA, mas fizeram sucesso no Reino Unido, onde dois futuros astros os adoravam: John Lennon (1940-1980) e Paul McCartney (1942-).

Lennon, aliás, disse que a harmonia vocal de "Please Please Me" foi inspirada na de "Cathy's Clown", composição dos irmãos que estourou nos EUA e na Inglaterra em 1960.

Filhos de um mineiro de carvão no Kentucky, os irmãos começaram a se apresentar na escola. Quando a família se mudou para Iowa, eles tinham um programa de rádio (o pai deles, Ike, também era cantor).

Quando chegaram à adolescência, os irmãos se mudaram para Nashville, onde, em 1956, gravaram um single na Columbia, "Keep A-Lovin' Me", de Don, fracasso de vendas.

Demitidos da gravadora, ficaram um tempo ao léu até serem contratados pela Cadence, onde, além de "Bye Bye Love", emplacaram também hits como "Wake Up Little Susie", também dos Bryant, que ainda lhe renderam os sucessos "All I Have to Do Is Dream", "Bird Dog" e "Problems".

Em 1961, eles se alistaram na reserva do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e ficaram fora de cena por um tempo.

No final da década de 1960, os irmãos retornaram ao country rock, e seu álbum de 1968, "Roots", foi aclamado por alguns críticos como "um dos melhores álbuns country-rock".

Mas já não alcançavam o sucesso de antes e perderam o contrato com a Warner, além de se viciarem em drogas.

Em 1973 a dupla se separou e os irmãos seguiram carreiras solo. Voltaram a se reunir no palco dez anos depois e gravaram alguns discos nos anos 1980.

Os últimos grandes shows dos irmãos ocorreram em meados dos anos 1990, quando eles se juntaram para abrir para Simon & Garfunkel na turnê Old Friends.

Phil morreu em 3 de janeiro de 2014, aos 74 anos, de complicações pulmonares. Após a morte de seu irmão, Don fez aparições públicas ocasionais, incluindo se juntar a Paul Simon no palco para cantar "Bye Bye Love" na turnê de Simon em 2018. Em 21 de agosto de 2021, Don morreu de ataque cardíaco em sua casa em Nashville, aos 84 anos.



quinta-feira, 27 de março de 2025

Exodus


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

A trilha sonora do filme "Exodus", dirigido por Otto Preminger (1905-1986) e lançado em dezembro de 1960, foi composta pelo compositor nascido na Áustria Ernest Gold (1921-1999).

No filme, é executada pela Sinfônica de Londres. O trabalho rendeu a Gold o Oscar de melhor trilha sonora, Globo de Ouro e o Grammy de Canção do Ano, todos em 1961.

O filme, baseado no romance homônimo de Leon Uris (1924-2003) lançado em 1958, que conta a história de milhares de judeus sobreviventes do holocausto ou imigrantes que, em 1947, estavam em um navio que tentava entrar na Palestina, dando início aos eventos que resultaram na criação do moderno Estado de Israel.

O tema principal, "Exodus", após aparecer no filme, recebeu letra de Pat Boone (1934-) e foi gravado por muitos artistas em versões instrumentais e vocais, e também figurou em uma série de filmes e programas de televisão subsequentes.

Bob Marley (1945-1981) incorporou partes do tema em sua canção "Exodus", de seu álbum homônimo lançado em 1977.

Mas a versão mais popular foi uma instrumental da dupla Ferrante (Arthur Ferrante, 1921-2009) e Teicher ( Louis Teicher, 1924-2008), que alcançou o número 1 no US Cashbox Top 100 e o número 2 no Billboard Hot 100 em janeiro de 1961.

No Brasil, a letra recebeu versão de Almeida Rego e teve diversas gravações, entre as quais de Altemar Dutra (1940-1983), Luiz Cláudio (1935-2013) e Miltinho Rodrigues (1941-2021), entre outros.

Pela beleza da canção, seguem dois vídeos: da versão para o filme e da dupla de pianistas. (Fontes: Wikipédia, Billboard)



quarta-feira, 26 de março de 2025

Vinicius de Moraes


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Em janeiro de 1961, o diplomata, poeta e letrista Vinicius de Moraes (1913-1980) estreava nos discos com sua própria voz. A obra inaugural foi um 78 rotações lançado pela Philips, em que o Poetinha cantava, com acompanhamento de conjunto e coro, dois sambas de sua autoria, em parceria com Tom Jobim.

No lado A, “Lamento no Morro”, composição dos dois para a peça “Orfeu da Conceição”, marco inicial da parceria deles, em 1956. No lado B estava a primeira gravação de um dos grandes sucessos da parceria de Vinicius com Tom Jobim, “Água de Beber”, feita em junho de 1960.

O local da composição foi Brasília, onde os dois passaram dez dias a convite do então presidente da República, Juscelino Kubitschek, que os havia incumbido de compor uma obra sinfônica dedicada à nova capital.

A incumbência resultou no repertório que o público conheceria no LP “Brasília: Sinfonia da Alvorada”, lançamento da Columbia em 1961 (já abordado aqui).

Água de beber” não entrou no disco em homenagem à nova capital federal e se tornou uma das músicas mais regravadas da parceria Tom e Vinicius, lançada inclusive por grandes intérpretes estrangeiros, como Frank Sinatra (1967) e Ella Fitzgerald (1981), ambos cantando versos em inglês escritos pelo nova-iorquino Norman Gimbel.

“Lamento no morro” também foi muito regravada, por nomes como Lucio Alves (1961), Maria Bethânia (2005) e Sérgio Mendes com o Quarteto Maogani (2006), além do próprio Tom Jobim (1970), em grande arranjo do alemão Claus Ogerman.

Vinicius cantaria nos anos seguintes em vários outros discos, gravados com o parceiro Toquinho, com a portuguesa Amália Rodrigues (1978), com Odete Lara (1963) e registros de inúmeros shows – entre eles um com Dorival Caymmi e o Quarteto em Cy (1965) e outro com Miúcha e os próprios Tom Jobim e Toquinho (1977). (Fontes: Discografia Brasileira, IMMuB).



terça-feira, 25 de março de 2025

Orlando Silva

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Orlando Garcia da Silva (1915-1978) iniciou sua carreira ainda na década de 1930, participando de programas de rádio, em especial o de Francisco Alves (1898-1952) na então Rádio Cajuti, gravando seu primeiro disco pela RCA Victor apenas 7 meses após o início de sua carreira.

Em 1936, foi convidado a gravar para o filme "Cidade Mulher", da Brasil Vita, as músicas "Cidade Mulher" e "Dama do Cabaré", ambas de autoria do sambista Noel Rosa, além de participar da inauguração da Rádio Nacional, assinando contrato com a rádio na mesma ocasião.

No ano seguinte, Orlando grava, com acompanhamento da Orquestra Victor brasileira, a valsa "Lábios Que Beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo, transformando-se num dos maiores sucessos de sua carreira, além de "Juramento Falso", também de J. Cascata e Leonel Azevedo, que, com o acompanhamento de Radamés Gnatalli (1906-1988), integrou o lado A deste mesmo disco.

Neste ano, recebeu do locutor Oduvaldo Cozzi (1915-1978) o apelido pelo qual se tornou conhecido durante toda sua carreira, "o cantor das multidões" em função de uma apresentação realizada no bairro do Brás, em São Paulo, onde estiveram presentes mais de dez mil pessoas para ouvi-lo cantar da sacada do Teatro Colombo.

Ainda neste mesmo ano, no ápice de sua carreira, gravou as músicas "Rosa" e "Carinhoso", de Pixinguinha, sendo o primeiro cantor a gravá-las, além de "Alegria", de Assis Valente e Durval Maia; "Boêmio", de Ataulfo Alves e J. Pereira; "Aliança Partida", de Benedito Lacerda e Roberto Martins, e "Amigo Leal", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral.

Em 1938, participou do filme "Bananas da Terra", dirigido por J. Rui, com a música "A Jardineira", de Benedito Lacerda e Humberto Porto, que viria a ser a marchinha de maior sucesso do ano seguinte, e uma das músicas de sua autoria mais lembradas de sua carreira.

Neste ano de 1938, estourou no carnaval a marchinha "Abre a Janela", de Arlindo Marques Júnior e Alberto Roserti, interpretada por Orlando, além de ter gravado com muito sucesso as músicas "Caprichos do Destino", de Claudionor Cruz e Pedro Caetano; "Errei, Erramos", de Ataulfo Alves, e "Nada Além", de Custódio Mesquita e Mário Lago.

No início dos anos 1940, Orlando intensificou seu uso de drogas - que começou para aplacar as dores de um acidente de bonde que lhe decepou um quarto de um dos pés - ao mesmo tempo em que sua carreira entrava em declínio, o que por sua vez o fazia consumir mais entorpecentes.

Em 1946, perdeu seu contrato com a Rádio Nacional, que tentou recontratá-lo anos depois mas acabou demitindo-o novamente. Em 1947 e 1948, conseguiu gravar sete e três discos, respectivamente, mas em 1949 a Odeon também rompeu com ele.

Em 1961, Orlando tentou uma última cartada junto à RCA Victor: um projeto para regravar 32 de seus sucessos. Depois disso, seus últimos trabalhos foram algumas aparições na televisão.

Um dos LPs dessa época é "Quando a Saudade Apertar", lançado em 1961, em que regravou "Atire a Primeira Pedra", um samba de Ataulfo Alves e Mário Lago, que havia lançado em 78 rpm, pela Odeon, em 1943, e que foi o grande sucesso do carnaval carioca de 1944. (Fontes: Blog da Música Brasileira, Wikipédia, IMMuB.)


domingo, 23 de março de 2025

Roy Orbison

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

O texano Roy Kelton Orbison (1936–1988) cresceu imerso em estilos musicais que vão do rockabilly e country ao zydeco, Tex-Mex e blues.

Seu pai lhe deu um violão em seu sexto aniversário e ele escreveu sua primeira música, "A Vow of Love", quando tinha 8 anos.

Formou sua primeira banda aos 13 anos, The Wink Westerners, formada por amigos de escola. Depois ele mudou para The Teen King.

Estudou por dois anos na Universidade do Texas. Após se formar, Roy trabalhava em um campo de petróleo e tocava à noite.

Sua música "Ooby Dooby" chamou a atenção de Sam Phillips (1923-2003), produtor da Sun Records, e o disco foi lançado em 1956.

Em 1958, The Everly Brothers gravam uma música dele, "Claudette", uma de suas primeiras composições e que Roy dedicou a sua primeira esposa.

Depois, assinou com a Monument Records e gravou baladas como "Only the Lonely" e "It's Over".

Um ano antes de a Beatlemania invadir os Estados Unidos, em 1964, os quatro rapazes de Liverpool convidaram Orbison para abrir para eles em sua turnê pela Inglaterra.

À época, aliás, ele foi por duas vezes o número um na Inglaterra com "It's Over" e o seu maior sucesso, "Oh, Pretty Woman", vendendo 7 milhões de discos em 1964.

Perdeu a mulher Claudette em um acidente de moto em 1966 e dois de seus três filhos em um incêndio em 1968.

Na década de 70, não teve destaques na carreira. Sofreu uma operação do coração em 1979, e só foi relançado em 1980, quando conquistou um Grammy pelo seu dueto com Emmylou Harris (1947-) na música "That Lovin' You Fellin' Again", do filme "Roadie", dirigido por Alan Rudolph (1943-).

Em 1986, seu outro sucesso, "In Dreams", fez parte da trilha sonora do filme "Blue Velvet" (Veludo Azul), de David Lynch (1946-2025).

Orbison foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll em 1987. No ano seguinte, juntou-se a George Harrison (1943-2001), Bob Dylan (1941-), Tom Petty (1950-2017) e Jeff Lynne (1947-) formando os Traveling Wilburys. Em dezembro, porém, morreu de ataque cardíaco.

Entre 1960 e 1965, Orbison teve nove sucessos entre os Top 10 das paradas e outros dez que entraram no Top 40. Entre eles "Crying", lançado em 1961.


sábado, 22 de março de 2025

Jimmy Dean


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Jimmy Ray Dean (1928-2010) foi um músico country, ator, apresentador de televisão e empresário ganhador do Grammy.

Nascido em uma família rural em dificuldades em Olton, Texas, ele aperfeiçoou suas habilidades performáticas no final dos anos 1940, entretendo seus companheiros militares na Base Aérea de Bolling, perto de Washington, DC.

Após sua dispensa em 1948, ele montou sua banda, os Texas Wildcats, que tocava em clubes nos arredores de Washington.

Em 1952, a carreira de Dean recebeu um impulso de Fred Foster (1931-2019), produtor musical e fundador da Monument Records. Foster conseguiu com a gravadora 4 Star Records o lançamento de "Bumming Around" (Pete Graves), quinto lugar nas paradas em 1953.

Logo conseguiu seu próprio programa de rádio no WARL, em Arlington, Virginia, onde tocou e entrevistou estrelas da música.

Dean transformou sua hora de sucesso no rádio em um programa de televisão da CBS em 1957. Chamado de "The Jimmy Dean Show", ele ajudou a dar visibilidade a estrelas country então desconhecidas, incluindo Patsy Cline (1932-1963) e Roy Clark (1933-2018).

Dean continuou a experimentar seus próprios sucessos musicais também.

Em 1961, ele lançou o single "Big Bad John", de sua autoria, uma canção sobre um corajoso mineiro de carvão que salva seus colegas de trabalho durante uma tragédia em uma mina.

O single alcançou o primeiro lugar nas paradas country e pop, rendeu a Dean um prêmio Grammy.

Em 1963, após o cancelamento de seu programa na CBS, Dean fechou um acordo com a ABC para lançar um novo programa de variedades - também chamado "The Jimmy Dean Show", no ar durante três anos.

Depois que o programa terminou, em 1966, Dean tornou-se co-estrela em várias programas de TV e no cinema, incluindo um papel como amigo de Daniel Boone na popular série de TV (1967-70) e uma participação no filme de James Bond "Os Diamantes São Para Sempre" (1971) - ou "Eternos" -, estrelado por Sean Connery (1930-2020).

No final dos anos 1960, Dean abriu uma empresa de abate de porcos com seu irmão, Don, em sua cidade natal, Plainview. Em seis meses, a The Jimmy Dean Meat Co. já era um negócio lucrativo.

Dean vendeu sua empresa para a Sara Lee Foods em 1984, permanecendo como seu porta-voz até 2003.

(Fontes: Country Music Hall Of Fame, Biography.com, Media Traffic.)



sexta-feira, 21 de março de 2025

Henry Mancini

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Em 1961, era lançado pela Paramount o filme "Breakfast at Tiffany's" (no Brasil, 'Bonequinha de Luxo'), dirigido por Blake Edwards (1922-2010), com roteiro de George Axelrod (1922-2003) inspirado no romance homônimo de Truman Capote (1924-1984), de 1958.

Estrelado por Audrey Hepburn (1929-1993) e George Peppard (1928-1994), o filme ganhou dois Oscar: melhor trilha sonora original e melhor canção por "Moon River" (Henry Mancini e Johnny Mercer), além de indicações de melhor atriz por Hepburn, melhor roteiro adaptado e melhor direção de arte.

O álbum com a premiada trilha, com música de Mancini e letras de Mercer (1909-1976), gravado pela RCA Victor, ficou nas paradas da Billboard por mais de 90 semanas.

O violonista brasileiro Laurindo de Almeida (1917-1995) - já mencionado aqui - é um dos guitarristas que tocam no LP.

Henry Mancini, nome artístico de Enrico Nicola Mancini (1924-1994), estudou arranjo e composição na Juilliard School of Music, em Nova York (em 1942), e mais tarde fez especialização em música para o cinema.

Serviu o Exército durante a 2ª Guerra Mundial, mas conseguiu trocar da infantaria para a banda, tornando-se o arranjador e pianista da Orquestra de Glenn Miller (1904-1944).

Mais tarde, com o desaparecimento de Miller, em um voo do Reino Unido para Paris, tornou-se o líder da nova formação da The Glenn Miller Orchestra, em 1946.

Começou a compor para o cinema quando entrou para a Universal City Studios, na década de 1950.

A orquestra de Henry Mancini, contratada da RCA Victor (depois BMG) gravou mais de 90 álbuns.

Compôs trilha para mais de 80 filmes, ganhou 4 Oscar, 2 Emmy (o Oscar da TV americana) e 20 Grammy, o prêmio máximo da indústria fonográfica.

No filme, "Moon River", cantada por Audrey, quase foi retirada da trilha, porque os executivos da Paramount não gostaram dela. A atriz bateu o pé e a canção ficou.

A música foi regravada depois mais de mil vezes, incluindo Andy Williams (1927-2012), Frank Sinatra (1915-1998), Louis Armstrong (1901-1971), Judy Garland (1922-1969), Sarah Vaughan (1924-1990) e Sarah Brightman (1960-).


quinta-feira, 20 de março de 2025

The Highwaymen

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

"Michael, Row The Boat Ashore" é um "spiritual" afro-americano descoberto durante a Guerra Civil Americana (1861-1865) na Ilha de Santa Helena, uma das ilhas marítimas da Carolina do Sul tomadas pelos confederados. Era cantada por ex-escravos cujos donos haviam abandonado a ilha antes da chegada da Marinha da União.

Charles Pickard Ware (1840-1921) era um abolicionista formado em Harvard que viera para supervisionar as plantações na Ilha de Santa Helena de 1862 a 1865 e escreveu a canção em notação musical enquanto ouvia os libertos cantá-la.

O termo "spirituals" deriva de Efésios 5:19: "Animem uns aos outros com salmos, hinos e canções espirituais. Cantem, de todo o coração, hinos e salmos ao Senhor" e o estilo é uma criação única dos escravos dos EUA; outras regiões do Novo Mundo onde a escravidão era praticada, como o Caribe e o Brasil, não produziram canções semelhantes.

Michael representa São Miguel Arcanjo ('aquele que é semelhante a Deus'), referido no catolicismo como o anjo da morte, o que leva a alma de todos os falecidos para o céu.

A letra tem várias versões, mas em todas o personagem navega pelo rio Jordão, onde Jesus foi batizado para mostrar o caminho para o céu.

Assim, a letra representa a transição da vida para a morte, da terra para o céu. Mas o rio Jordão, sobre o qual os israelitas cruzaram para a Terra Prometida, simbolizava não apenas a salvação pós-morte.

Seu uso nessas canções era político, bem como religioso. Para aqueles que cantaram pela primeira vez “Michael, Row the Boat Ashore”, também representou a libertação da escravidão - e talvez particularmente a fuga do Sul escravista para os Estados livres do Norte.

A canção foi publicada pela primeira vez em 1867 na antologia "Slave Songs of the United States". O músico folk e educador Tony Saletan (1931-) a redescobriu em 1954 em uma cópia desse livro na biblioteca.

Desde então, a canção teve várias gravações, como de Pete Seeger (1919-2014), The Weavers, Bob Gibson (1931-1996), Lonnie Donegan (1931-2002), The Lennon Sisters, Trini Lopez (1937-2020), Beach Boys e Peter, Paul e Mary... ou seja, todos brancos.

Mas Harry Belafonte (1927-2023), negro e ativista, gravou uma versão popular da canção em 1962.

A mais conhecida, contudo, foi lançada em 1960 pela banda folk americana The Highwaymen (com cinco brancos), que alcançou o primeiro lugar nas paradas em 1961.

A banda Highwaymen foi formada em 1958 por calouros da Wesleyan University, em Middletown (Connecticut), por Dave Fisher (1940-2010), Bob Burnett (1940-2011), Steve Butts (1940-), Chan Daniels (1939-1975) e Steve Trott (1939-2022).

Os membros posteriores foram Gil Robbins (1931-2011, pai do ator Tim Robbins-1958-), que se juntou em 1962 quando Steve Trott entrou na Harvard Law School, e em 1991 o guitarrista e baixista Johann Helton (1953-).

O grupo original (menos Daniels) se apresentou pela última vez em agosto de 2009 no Guthrie Center em Massachusetts. (Fontes: Deseret News, Media Traffic, All Music e site oficial da banda.)



quarta-feira, 19 de março de 2025

Brenda Lee


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Brenda Lee estourou nas paradas de sucesso mundial na década de 1950, quando ainda era uma menina prodígio.

Na década de 1960 chegou a superar Elvis Presley na lista de músicas que se tornaram hits.

Com apenas 1,44 metro de altura, e uma carinha de menina, Brenda Lee foi apelidada de "Little Miss Dynamite" na América e, no Brasil, era chamada de "A Cantora Explosiva".

Brenda Mae Tarpley nasceu em Atlanta, em 11 de dezembro de 1944. Começou a cantar na Igreja Batista ainda muito pequena. Após ganhar um concurso de talentos mirins em uma escola, foi convidada para cantar na rádio local, quando tinha apenas 6 anos de idade.

Ela agradou, e continuou cantando no rádio nos anos seguintes, e em 1953, quando seu pai faleceu, tornou-se a responsável pelo sustento da família. Brenda tinha 9 anos na época.

Sua carreira teve um salto após aparecer na televisão cantando "Jambalaya" (Hank Williams), em 1955. No ano seguinte, pela Deca Records, ela gravaria a canção em seu primeiro disco.

"Jambalaya" tornou-se um dos maiores sucessos ao longo de toda a carreira da cantora. Nos anos seguintes, emplacou diversos hits, cantando country e rock and roll.

Em 1958, bateu recordes de vendas com a canção "Rockin' Around the Christmas Tree" (Johnny Marks), uma das músicas mais tocadas na história dos Estados Unidos.

Em setembro de 1959, a menina cantora veio se apresentar no Brasil, como uma atração internacional exibida pela televisão brasileira. Ela cantou na TV Tupi carioca, canal 6 do Rio de Janeiro, e na TV Record de São Paulo.

Em 1960, gravou "I'm Sorry" (Dub Allbritten e Ronnie Self), que se tornou outro grande sucesso de sua carreira.

No ano seguinte, estreou no cinema em "Os 2 Ursinhos" (The Two Little Bears, 1961), uma produção da Disney.

Aos 17 anos de idade, ela estava deixando a adolescência, e sua voz ficava mais madura. Brenda emplacou seu último hit nas paradas de sucesso em 1963, mas nunca parou de cantar.

Nas décadas de 1970 e 1980, passou a dedicar-se mais ao gênero country. Ela ainda excursiona pelo mundo e gravou seu último disco no ano de 2000.

Em 1961, seu grande sucesso foi "Dum Dum" (Jackie DeShannon e Sharon Sheeley). A canção alcançou a 4ª posição na Billboard Hot 100, e consta do LP "All the Way", da Decca. (Fonte: Memórias Cinematográficas)


terça-feira, 18 de março de 2025

Paul Anka


Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

O cantor e compositor Paul Albert Anka, mais conhecido como Paul Anka, nasceu dia 30 de julho de 1941, em Ottawa (Canadá).

Na infância, fez parte do coro da Catedral Ortodoxa Antioquia de St. Elias, onde estudou teoria musical e piano.

No colegial, fez parte de um trio vocal chamado Bobby Soxers. Com 14 anos, gravou "I Confess", encorajado pelos seus pais.

Em 1957, Anka foi para Nova York, onde fez um teste para a ABC, cantando uma canção de amor que escreveu para uma babá chamada Diana Ayoub.

A música, "Diana", levou o artista ao estrelato, e foi uma das mais tocadas da época, incluindo o Brasil, onde fez sucesso na voz de Carlos Gonzaga (1924-2023), com a versão em português de Fred Jorge (1928-1994).

Também compositor, escreveu "It Doesn't Matter Anymore", um grande sucesso de Buddy Holly (1936-1959); o maior sucesso de Tom Jones (1940-), "She's A Lady"; e "My Way", cantado por Elvis Presley (1935-1977) e Frank Sinatra (1915-1998), entre outros.

Nos anos 60, começou a atuar em filmes e também se tornou um dos primeiros cantores de pop a se apresentar nos cassinos de Las Vegas.

No cinema, além de atuar, também compôs trilhas, como o tema do filme "The Longest Day" (1962, Ken Annakin), e “Lonely Boy” (1963, Wolf Koenig, Roman Kroitor).

Nos anos seguintes chegou a se apresentar inúmeras vezes em Las Vegas.

O cantor se mantém ativo, realizando shows para empresas e cassinos.

Em 1961, gravou um LP com canções natalinas, "It's Christmas Everywhere", que, segundo algumas fontes, vendeu mais que "Diana". (Fonte: site oficial)


segunda-feira, 17 de março de 2025

Zé Kéti

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

No ano de 1961, Zé Kéti compôs, com Carlos Lyra (1933-2023), o "Samba da Legalidade".

A música integrava movimento de resistência ao golpe pretendido pelos ministros militares para evitar a posse de João Goulart (1919-1976), vice-presidente de Jânio Quadros (1917-1992), que havia renunciado em 25 de agosto daquele ano.

A canção só foi gravada em 1965, por Nara Leão (1942-1989), no disco "O Canto Livre de Nara". 

José Flores de Jesus, o Zé Kéti (1921-1999), foi compositor e cantor carioca. Na infância, eram frequentes as rodas de samba - seu pai, o marinheiro Josué Vale de Jesus, tocava cavaquinho e seu avô, João Dionísio de Santana, era flautista e pianista -, com presença de músicos como Cândido (Índio) das Neves (1899-1934) e Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho, 1897-1973).

Em 1924, com a morte do pai, passa a morar com o avô. Além do interesse pela música, na infância ganha um apelido, Zé Quieto, que é encurtado para Zé Quéti, e, grafado com um K, torna-se o nome artístico.

Aos 13 anos, é levado para assistir aos ensaios da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. É esse o seu primeiro contato com a música do morro.

Em fins da década de 1930, ele compõe suas primeiras marchinhas de carnaval. Em 1939, passa a frequentar o Café Nice, onde estabelece contatos fundamentais para sua carreira.

No início dos anos 1950, compõe o samba que se torna um dos seus maiores sucessos, "A Voz do Morro". A música é gravada pelo cantor Jorge Goulart (1926-2012), em 1955, com arranjo de Radamés Gnattali (1906-1988). No mesmo ano, a composição é tema do filme "Rio 40 Graus", de Nelson Pereira dos Santos (1928-2018).

Surge no Rio de Janeiro o Zicartola, em 1963. O bar inaugurado por Cartola (1908-1980) e sua mulher, Dona Zica (Euzébia Silva do Nascimento, 1913-2003) é um ponto de encontro dos artistas cariocas nesse início dos anos 1960.

Zé Kéti é um representante do samba tradicional do morro carioca e uma referência para os músicos que vêm da bossa nova, como Nara Leão e Carlos Lyra.

Das conversas entre os frequentadores do bar, surge a ideia de realização de uma apresentação musical. O resultado é a peça "Opinião", de autoria de Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974), nomeada a partir do samba homônimo de Zé Kéti, que estreia no ano de 1964 em um pequeno teatro de Copacabana, com direção de Augusto Boal (1931-200) e participação de João do Vale (1934-1996), Ruy Guerra (1931-), Nara Leão, Carlos Lyra, Edu Lobo (1943-), Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006) e Maria Bethânia (1946), que substitui Nara.

Kéti participa ainda de outras produções cinematográficas, como "O Boca de Ouro" (1962), também de Nelson Pereira; "A Falecida" (1965), de Leon Hirszman (1937-1987), e "A Grande Cidade" (1966), de Carlos "Cacá" Diegues (1940-2025).

Em 1965, lançou "Acender as Velas", considerada uma de suas melhores composições, que se inclui entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964, com letra que desmistifica a beleza do morro e relata seus dramas.

Em 1967, a marcha "Máscara Negra", gravada por ele mesmo e também por Dalva de Oliveira (1917-1972), foi vencedora do carnaval, tirando o 1º lugar no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval, criado naquele ano pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som e fazendo grande sucesso nacional.

No início da década de 1970, fazia parte da Ala dos Compositores da Portela ao lado de Monarco (Hildemar Diniz, 1933-2021), Candeia (Antônio Candeia Filho, 1935-1978), Paulinho da Viola (1942-), João Nogueira (1941-2000), Wilson Moreira (1936-2018), entre outros.

Em 1976, mudou-se para São Paulo, onde frequentemente apresentava-se em shows e gravou vários discos.

Voltou para o Rio em 1994. Em 1996, lançou o CD "75 Anos de Samba", com participação de Zeca Pagodinho (Jessé Gomes da Silva Filho, 1959-), Monarco, Wilson Moreira e Cristina Buarque (1950-).

Em 1997, completou 60 anos de carreira e foi homenageado com o show "Na Casa de Noca", na Gávea (RJ) e recebeu da Escola de Samba Portela um troféu em reconhecimento pelo seu trabalho.

Em 1998, ganhou o Prêmio Shell pelo conjunto de sua obra: mais de 200 músicas.

Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. 

presentou-se ao lado da Velha Guarda da Portela e teve várias músicas regravadas.

Morreu de falência múltipla dos órgãos aos 78 anos em 1999. (Fontes: Enciclopédia Itaú Cultural, Dicionário Cravo Albin da MPB.)