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sábado, 15 de fevereiro de 2025

Carminha Mascarenhas

Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.

Carmina Allegretti, nome de batismo da cantora Carminha Mascarenhas (1930-2012), nasceu em Muzambinho (MG) e entrou para o mundo da música em Poços de Caldas, onde também se formou professora primária.

Participou lá do coral da igreja matriz e conheceu o pianista Raul Mascarenhas (1926-1987), com quem se casaria em 1952, gerando o saxofonista Raul Mascarenhas Júnior (1953-).

No ano seguinte, gravou seu primeiro disco com as canções de Hervé Cordovil (1914-1979) "Nossos caminhos Divergem" e "Folha caída". Nessa época, transferiu-se com o marido para Belo Horizonte, apresentando-se com ele na Rádio Inconfidência e em casas noturnas.

Em 1955, estreou como crooner do Copacabana Palace, substituindo Nora Ney (1922-2003). Ainda nesse ano foi eleita, juntamente com Sylvia Telles (1934-1966), "Cantora Revelação do Ano" e contratada para fazer parte do elenco da Rádio Nacional, estreando na emissora no programa "Nada Além de 2 Minutos".

Em 1956, separou-se do marido e viajou para o Uruguai, onde se apresentou na boate Cave e no Cassino de Punta del Este. Seguiu, depois, para Argentina e Paraguai. Gravou vários discos em 78 rpm e participou, com Elizeth Cardoso (1920-1990) e Heleninha Costa (1924-2005), de um LP dedicado à obra de Fernando Lobo (1915-1996), pai de Edu Lobo (1943-).

Em 1959, gravou seu primeiro LP solo, intitulado "Carminha Mascarenhas", em que registra a faixa "Eu Não Existo Sem Você", de Tom Jobim (1927-1994) e Vinícius de Moraes (1913-1980).

Atuou na TV Rio, participou de show de Ary Barroso (1903-1964), compôs músicas, gravou com Marisa Gata Mansa (1933-2003) um LP em homenagem ao compositor Newton Mendonça (1927-1960).

Ainda na década de 60, registrou no LP "A Noite é de Carminha" as canções que apresentava na noite carioca. O LP incluiu "Per Omnia Saecula, Saeculorum" (algo como 'Por Todos os Séculos dos Séculos'), samba de Miguel Gustavo (1922-1972), cuja execução foi proibida pela censura.

Nos anos 80, apresentou-se no Sambão e Sinhá, casa noturna de Ivon Curi (1928-1995), com o espetáculo Carnavalesque, que ela própria escreveu.

Seguiu apresentando-se esporadicamente e, em 2001, atuou ao lado de Ellen de Lima (1938-), Carmélia Alves (1923-2012) e Violeta Cavalcanti (1923-2014) no espetáculo "As Cantoras do Rádio: Estão Voltando as Flores".

Seu último trabalho foi nos anos de 2003 e 2004, quando atuou nos shows "Ninguém me ama?, "Canto para Nora Ney" e "Tra-lá-lá Lamartine é 100", ambos escritos, dirigidos e apresentados por Ricardo Cravo Albin.

Terminou seus dias no Retiro dos Artistas no Rio de Janeiro.



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