Nasci em 1961: Esta série de publicações apresenta músicas lançadas ou que tiveram destaque no ano de meu nascimento.
Chris Anderson (1926-2008) é mais conhecido como o primeiro professor do pianista Herbie Hancock (1940-), mas foi muito mais do que isso.
Nascido em Chicago, aprendeu piano sozinho e começou a tocar em clubes da cidade e, em meados da década de 1940, tocou com os saxofonistas Von Freeman (1923-2012) e Charlie Parker (1920-1955), entre outros.
Tocou brevemente com Dinah Washington (1924-1963) em Nova York, onde resolveu ficar após ser demitido pela cantora.
Entusiasta da harmonia, foi tocado pelo jazz ao conhecer, trabalhando em uma loja de discos, Nat King Cole (1919-1965), Art Tatum (1910-1956) e Duke Ellington (1899-1974).
Dizia ele que, após conhecer esses três, parou de ouvir pianistas, mais interessado em ouvir um arranjador do que um pianista, como Gil Evans (1912-1988) e Nelson Riddle (1921-1985).
Quando tinha 18 anos, tocava piano para Leo Blevins (1925-), um influente guitarrista de Chicago que conhecia quase todas as estrelas do jazz.
Naquele ano, graças a Leo, Chris começou a tocar com Sonny Stitt (1924-1982).
Em dois anos, ele estava tocando nos famosos concertos do Pershing Ballroom com Charlie Parker e Howard McGhee (1918-1987). Ele tinha 20 anos e, devido ao agravamento constante da catarata, ficou completamente cego.
Nos 15 anos seguintes como pianista residente em vários dos melhores clubes de jazz de Chicago, Chris tocou com grandes nomes: Sonny Rollins (1930-), Stan Getz (1927-1991), Johnny Griffin (1928-2008), entre outros, e influenciou gerações seguintes de jovens músicos de Chicago.
Em 1960, Herbie Hancock ouviu Chris Anderson tocar. "A música de Chris afetou profundamente a minha música. Depois de ouvi-lo tocar apenas uma vez, implorei a ele que me deixasse estudar com ele. Chris Anderson é um mestre da harmonia e da sensibilidade. Serei eternamente grato a ele", disse Herbie em uma entrevista.
Apesar do respeito de seus colegas, Anderson teve dificuldade em encontrar trabalho ou aclamação popular devido em grande parte às suas deficiências. Ele era cego e seus ossos eram excepcionalmente frágeis, causando inúmeras fraturas, que às vezes comprometeram sua capacidade de se apresentar nos horários ou locais solicitados, embora ele tenha continuado a gravar até os 70 anos.
Ele morreu de derrame em 4 de fevereiro de 2008 em Manhattan, Nova York, aos 81 anos.
Em 1961, com os bateristas Philly Joe Jones (1923-1985) e Walter Perkins (1932-2004) e o baixista Bill Lee (1928-2023), pai do cineasta Spike Lee (1957-), gravou pela Jazzland "Inverted Image", lançado em março do ano seguinte.
O LP tem três temas de sua autoria: "Inverted Images", "See You Saturday" e "Only One", e outros cinco de outros autores, com destaque para "You'd Be So Nice to Come Home To", de Cole Porter; a clássica "My Funny Valentine", de Richard Rodger e Lorenz Hartz, e "I Hear a Rhapsody", de George Fragos, Jack Baker e Dick Gasparre, além de "Lullaby of the Leaves" (Bernice Petkere e Joe Young) e "Dancing in the Dark" (Arthur Schwartz e Howard Dietz).
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