Pouco lembrada hoje em dia, a potiguar Idenilde Araújo Alves da Costa (1937-2007) veio para o Rio de Janeiro aos 3 anos de idade.
A vocação para cantar manifestou-se cedo e, no final da década de 1950, participou do programa de calouros "A voz de ouro ABC", da TV Tupi, interpretando canções da época.
Sua performance chamou a atenção do jurado Jordão Magalhães, dono na boate Cave, em São Paulo, onde estreou cantando músicas de Dalva de Oliveira (1917-1972), com o nome artístico de Nilde Araújo.
O compositor Joel de Almeida (1913-1993), então diretor artístico da gravadora Polydor, a levou para gravar seu primeiro 78 rpm, com as músicas "Vai de Vez" (Paulo Tito e Ricardo Galeno) e "Sou Eu" (Waldir e Rubens Machado), lançado em 1959.
Mas o impulso vem por intermédio do compositor Adelino Moreira (1918-2002) - autor de "A Volta do Boêmio", sucesso na voz de Nelson Gonçalves (1919-1998). Adelino levou-a à gravadora RCA Camden, onde, em 1960, lançou seu primeiro disco com o nome artístico de Núbia Lafayette, sugerido por Adelino, com duas composições dele, o samba-canção "Devolvi" e o samba-choro "Nosso amargor".
Em 1961, gravou mais quatro composições de Adelino, os sambas-canção "Solidão", "Preciso chorar" e "Prece à lua" e o samba "Não jures mais".
Foi quando alcanço sucesso nacional, que perdurou até o advento da Jovem Guarda, quando os boleros e sambas-canções ficaram para trás no gosto popular.
Continuou gravando e se apresentando esporadicamente e experimentou novo reconhecimento em 1972, quando gravou o LP "Casa e Comida", pela CBS, com composições de Rossini Pinto (1937-1985).
Neste disco também canta a música "Jamais estive tão segura de mim mesma", de Raulzito, nome artístico usado no começo da carreira por Raul Seixas (1945-1989), então produtor da gravadora.
Manteve-se em atividade até sofrer um AVC, que a levou em 18 de junho de 2007.
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